A recente derrota do governo no Congresso, que resultou na derrubada do decreto do IOF, trouxe uma nova dinâmica para o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa. O embate político deu a ele uma inesperada sobrevida, mesmo frente ao indiciamento pela Polícia Federal por prevaricação e coação no inquérito conhecido como “Abin Paralela”.
O futuro de Corrêa deveria ser decidido nesta semana pelo presidente Lula, mas, devido à urgência exigida pela crise do IOF, uma reunião com os ministros e o próprio Corrêa não aconteceu. A decisão sobre sua possível demissão recai diretamente sobre Lula, apesar da Abin ser tecnicamente subordinada à Casa Civil.
O que mantém Corrêa no cargo, segundo algumas avaliações, são seus trunfos estratégicos. Em primeiro lugar, ele ainda não foi denunciado pelo Ministério Público no inquérito da Abin Paralela. Além disso, a sólida relação de Corrêa com Lula, construída em administrações anteriores, reforça sua relevância na equipe atual e o caracteriza como uma indicação pessoal do presidente.
O indiciamento de Corrêa não é um caso isolado. Na terça-feira (17/6), a PF tornou público seu indiciamento junto a outros membros da atual cúpula da Abin, todos citados em investigações que envolvem uma estrutura paralela com o intuito de investigar opositores durante o governo anterior.
O cenário político continua em ebulição, e os próximos passos do governo em relação a Corrêa poderão moldar o futuro da Abin e a confiança do público na administração. O que você acha que Lula deveria fazer a seguir? Compartilhe sua opinião nos comentários!
Comentários Facebook