Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, e mais oito indivíduos condenados por corrupção foram intimados a desembolsar uma quantia astronômica: cerca de R$ 3 bilhões. Essa determinação, divulgada pelo tribunal argentino nesta terça-feira, marca um ponto crucial na luta contra a corrupção no país.
Kirchner, que cumpre prisão domiciliar desde junho, recebeu uma sentença de seis anos por administração fraudulenta em projetos de infraestrutura durante seu governo. Com a confirmação da pena pela Corte Suprema argentina, sua vida política chegou a um impasse, incluindo a proibição de assumir cargos públicos.
A decisão do tribunal surgiu após um rigoroso exame pelo corpo de peritos judiciais, que avaliaram o prejuízo ao erário. O valor exato estabelecido foi de 684,9 bilhões de pesos argentinos, mas sem detalhar como essa soma será dividida entre os condenados. Além de Kirchner, outros nomes influentes, como o empresário Lázaro Báez, também figuram nessa lista de culpados.
O presidente do tribunal, Jorge Gorini, juntamente com o juiz Rodrigo Gimenez Uriburu, estabeleceu um prazo de 10 dias úteis para que o pagamento seja efetuado em uma conta definida pela Justiça, prazo que se estenderá até 13 de agosto, devido ao recesso no Judiciário. Caso os condenados não cumpram com a determinação, a Justiça poderá proceder com o arresto de bens e valores.
Em suas declarações de 2023 ao Escritório Anticorrupção, Kirchner mencionou ter um patrimônio de aproximadamente 250 milhões de pesos, o que equivale a R$ 1,1 milhão, embora relatos indiquem que ela possua diversas propriedades imobiliárias, as quais transferiu a seus filhos anos atrás. A defesa da ex-presidente ainda não se manifestou sobre a possibilidade de recurso.
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