O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou uma crítica sarcástica ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em meio a uma investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil. Em entrevista ao Estadão, Haddad declarou que o presidente americano, Donald Trump, vai concretizar o desejo do parlamentar de taxar o Pix, o popular serviço de pagamentos eletrônicos.
O Pix foi citado entre os alvos da pesquisa iniciada pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA, que, a pedido de Trump, examinará alegações de práticas desleais na relação comercial entre os dois países. “Ele [Trump] vai realizar o sonho do Nikolas de taxar o Pix”, provocou Haddad.
Este episódio se desenrola após Nikolas ganhar notoriedade nas redes sociais, em janeiro, ao criticar mudanças propostas pela Receita Federal para o Pix. A repercussão intensificou a pressão sobre o governo, levando a uma revisão das medidas. Agora, Haddad utiliza a situação de Trump como uma nova oportunidade para replicar sua ironia.
O temor do governo americano é que o Pix comprometa a competitividade de empresas norte-americanas que operam em setores como comercio digital e serviços de pagamento no Brasil.
Haddad responsabiliza família Bolsonaro
Além disso, Haddad atribui à família Bolsonaro a responsabilidade pela sobrefiscalização imposta pelo governo Trump, que alcançou uma taxa de 50%. Segundo o ministro, o argumento de Trump de que o ex-presidente é alvo de uma “caça às bruxas” pelo STF é a base para essa medida.
“Nós vamos sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro? Ele que devia estar se sacrificando pelo Brasil”, enfatizou Haddad, destacando a falta de apoio da família Bolsonaro diante da crise econômica gerada.
O ministro também apontou que, em momentos difíceis, nenhum membro da família fez um gesto em favor do país. “Não conheço paralelo na história de uma família ser um problema para o país inteiro”, criticou, ressaltando que isso está impactando diretamente economias locais e resultando em perda de empregos.
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