Ricardo Ayres, relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS, não poupou palavras ao afirmar que “nada nos deterá” quando questionado sobre como possíveis acordos políticos poderiam afetar o andamento da investigação. Durante uma entrevista ao Acorda Metrópoles nesta quarta-feira, ele se mostrou confiante na continuidade das atividades da CPMI.
A comissão será oficialmente instaurada para investigar a situação alarmante do Instituto Nacional de Seguro Social, revelada pelo Metrópoles.
Quando perguntado se a apuração poderia ser comprometida devido às ligações entre os governos de Jair Bolsonaro e Lula, Ayres garantiu que não haverá risco de que a CPMI termine sem resultados significativos. “Para a minha trajetória, não aceitarei um acordo que impeça a resposta que a população espera. Faremos nosso trabalho, doa a quem doer”, enfatizou.
A CPMI contará com 32 membros, incluindo deputados e senadores de diferentes partidos, além de um número igual de suplentes. Sob a presidência de Omar Aziz, do PSD-AM, o grupo seguirá focado nas investigações, “independente de partido ou ideologia”, segundo Ayres.
O relator planeja convocar ministros dos dois últimos governos, mencionando a intenção de ouvir Carlos Lupi, demitido após a operação Sem Desconto, e Onyx Lorenzoni, ex-ministro da Previdência na gestão de Bolsonaro.
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