O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez declarações contundentes sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Durante uma videoconferência no encontro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília, ele argumentou que essas tarifas têm uma motivação política, ligando-as a tentativas de proteger ex-aliados políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Haddad afirmou que os áudios da Polícia Federal, que revelamseus diálogos entre Bolsonaro, seu filho Eduardo Bolsonaro e aliados, demonstram que o objetivo do que chamou de “tarifaço” é “livrar a cara dos golpistas”. Apesar dessa situação, o ministro reforçou que o Brasil busca manter boas relações comerciais com os EUA, enfatizando que o país não deve abrir mão de sua soberania. “Jamais passou pela cabeça abrir mão da parceria com os Estados Unidos, mas não nas condições que estão sendo colocadas. O Brasil não pode servir de quintal de ninguém”, declarou.
As investigações indicam que Bolsonaro e Eduardo atuaram para utilizar essas tarifas como pressão para conseguir uma anistia que favorecesse tanto o ex-presidente quanto outros envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro. Eduardo, nas mensagens trocadas, chegou a sugerir uma “anistia light”, mas defendia algo mais amplo. Haddad elogiou o vice-presidente Geraldo Alckmin pelo trabalho nas negociações com autoridades dos EUA, ressaltando a importância de agir com dignidade e respeito.
Desafios do Imposto de Renda
Além das tarifas, Haddad também abordou a proposta do governo, liderado por Lula, para ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda. Ele criticou a falta de atualização da tabela entre 2015 e 2022, que resultou em 20 milhões de brasileiros de baixa renda pagando o tributo. A nova proposta, segundo o ministro, beneficiará 25 milhões de contribuintes, cobrando mais de 141 mil brasileiros com renda superior a R$ 1 milhão por ano. “Estamos cobrando do topo da pirâmide para aliviar a base”, afirmou.
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