A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou em suas redes sociais nesta terça-feira, que tem enfrentado um “desafio enorme” para “resistir à perseguição” e “suportar as humilhações”. A declaração vem horas depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu que a Polícia Penal do Distrito Federal deve monitorar continuamente a residência do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Sabe… a cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com as incertezas e suportar as humilhações”, escreveu Michelle em seu Instagram.
Na mesma publicação, ela expressa esperança: “Nós vamos vencer”. Menciona uma “promessa” de Deus e reforça seu amor incondicional, mesmo em dias difíceis: “Deus é bom o tempo todo, e nós temos uma promessa. Pai, eu Te amo, independente dos dias ruins. O Senhor não perdeu o controle de absolutamente nada. Hoje eu declaro: o Brasil pertence ao Senhor Jesus!”, conclui.
Prisão domiciliar
Jair Bolsonaro está em um condomínio no Jardim Botânico, em Brasília, e cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, por ordem de Moraes, que constatou descumprimentos de medidas cautelares por parte do ex-presidente.
Nesta terça-feira, Moraes, em alinhamento com a Procuradoria-Geral da República (PGR), ordenou um monitoramento integral de Bolsonaro. A PGR acredita que há um risco de fuga e apoiou a ideia após um ofício do deputado Lindbergh Farias, do PT, que mencionou um documento encontrado no celular de Bolsonaro. Esse documento indicaria a intenção de solicitar asilo na Argentina.
Dentro de casa
Após a determinação de Moraes, a Polícia Federal solicitou que o monitoramento também ocorra dentro da residência de Bolsonaro, e não apenas nas proximidades. O pedido foi encaminhado para a PGR, que deve avaliar a questão, sem prazo definido para resposta.
O processo
As medidas contra Bolsonaro estão no âmbito do inquérito 4.995, que investiga supostas tentativas de coação dele e de seu filho, Eduardo Bolsonaro, no processo que apura uma tentativa de golpe. Essa ação penal começa a ser julgada na próxima terça-feira, 2 de setembro.
Tanto Jair quanto Eduardo foram indiciados por coação, e Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro.
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