O Ministério da Saúde lançou uma nova linha de cuidado para crianças com transtorno do espectro autista (TEA). A principal diretriz é que todas as crianças entre 16 e 30 meses sejam avaliadas quanto a sinais do espectro durante as consultas de rotina na atenção primária.
O propósito é identificar precocemente alterações no desenvolvimento e oferecer estímulos e terapias antes mesmo da confirmação do diagnóstico.
Causas do transtorno do espectro autista
- As causas do transtorno do espectro autista não são totalmente compreendidas, mas há uma relação frequente com fatores genéticos.
- Para pais que já têm um filho com TEA, a chance de ter outro filho com o transtorno fica entre 3% e 10%.
- Anomalias genéticas, como a síndrome do X frágil e a síndrome de Down, podem estar associadas ao TEA.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 1% da população brasileira vive com TEA. Entre essas pessoas, 71% apresentam também outras condições, o que aumenta a necessidade de uma rede de atenção estruturada.
Testes e apoio às famílias
O teste de triagem M-Chat já está disponível na Caderneta Digital da Criança e no prontuário eletrônico do SUS. Com a nova diretriz, ele será aplicado de forma universal nas consultas de rotina.
Se sinais de autismo forem identificados, os profissionais poderão orientar as famílias e iniciar estímulos adequados, conforme o Guia de Intervenção Precoce que será atualizado pelo ministério.
Essa estratégia também reforça o Projeto Terapêutico Singular (PTS), que visa garantir um plano de tratamento individualizado, elaborado por equipes multiprofissionais em conjunto com as famílias.
“A principal recomendação da nova linha é garantir as intervenções mais precoces possíveis, sem a necessidade de esperar o fechamento do diagnóstico, para estimular o desenvolvimento das crianças e apoiar suas famílias”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Expansão da rede de reabilitação
O ministério anunciou um investimento de R$ 72 milhões para ampliar a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. Serão 71 novos serviços em 18 estados e no Distrito Federal, incluindo a habilitação de 23 Centros Especializados em Reabilitação (CERs) e financiamento adicional para outros 33 já em funcionamento.
Além disso, foram autorizados veículos adaptados para transporte sanitário e ampliações em unidades existentes. O Novo PAC Saúde complementará a iniciativa com a construção de 53 novos CERs em 14 estados. O novo modelo arquitetônico incluirá espaços como jardins terapêuticos e salas multissensoriais, voltadas para crianças e adultos com TEA.
O ministro destacou que é fundamental fortalecer esses serviços, pois são os mais adequados para cuidar das pessoas com deficiência.
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