Ministro da Saúde desiste de viagem aos EUA: ‘afronta’

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Alexandre Padilha afirma que condições impostas pelo governo dos EUA inviabilizam participação dele em reuniões em Washington

Redação

Por Redação

19/09/2025 – 18:28 h

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha –

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira que desistiu de viajar aos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da ONU e de outras atividades. A decisão foi tomada após o governo americano impor restrições que, segundo ele, inviabilizariam sua agenda.

Padilha chamou as medidas de “inaceitáveis” e afirmou que são uma afronta ao Brasil. Em entrevista à GloboNews, ele destacou que não se trata de um ataque pessoal a ele, mas sim ao respectivo cargo de ministro da Saúde do Brasil. Em eventos internacionais, a participação plena é essencial.

As restrições impostas incluíam um perímetro limitado de circulação em Nova York, restringindo-se ao hotel, à sede da ONU e à missão brasileira. Além disso, houve a proibição de viajar a Washington, o que o impediria de participar da Assembleia Geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Qualquer atividade fora do perímetro deveria ser aprovada com 48 horas de antecedência.

Para Padilha, a proibição de ir a Washington foi a parte mais grave. Ele planejava anunciar um incremento financeiro do Brasil ao fundo estratégico da Opas, que garante a compra de vacinas e medicamentos a preços reduzidos para países das Américas. A ausência frustra tanto a presença do Brasil em debates como compromissos de cooperação em saúde.

O ministro também destacou que essa situação o impediria de exercer funções de liderança em outros fóruns, como a parceria dos Brics na área de saúde. Ele tinha previstos encontros na ONU, reuniões do G20 e do Mercosul, além de reuniões bilaterais e visitas a hospitais e indústrias americanas interessadas em investir no Brasil.

Apesar de ter recebido o visto dos EUA apenas nesta semana, as condições criadas para sua estadia não permitiram a viagem. Ele afirmou que embora possam servir para restringir sua presença, não impedirão a defesa da ciência e das vacinas.

Padilha enviou uma “nota dura” à Opas, criticando a decisão de Washington e defendendo que o espírito de cooperação internacional dos EUA não deve sucumbir a obscurantismos. Para ele, essa atitude é absurda e não intimidará o Brasil.

Mesmo sem a viagem, o ministro se comprometeu a ampliar investimentos em ciência e tecnologia no Brasil, buscando reforçar a autonomia nacional no setor de vacinas. Ele concluiu que, embora possam barrar sua presença física, não podem impedir o Brasil no debate global em defesa da vida.

E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.

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