Wagner Moura, protagonista do filme “O Agente Secreto”, que disputa uma vaga no Oscar 2026, expressou suas preocupações sobre os baixos incentivos públicos à cultura na Bahia.
Durante uma coletiva de imprensa no Trapiche Barnabé, onde irá estrear a peça “Um julgamento – depois de Um Inimigo do Povo” em outubro, o ator lamentou a atual situação do teatro baiano.
“Eu sou fruto do teatro dos anos 90, um período muito positivo para a cena teatral na Bahia. Essa fase ocorreu sob o governo de Antônio Carlos Magalhães, o que me causa angústia”, afirmou.
Embora tenha ressaltado que não queria gerar polêmica, Moura argumentou que é esperado que “um governo de esquerda” incentive mais a cultura, especialmente o teatro na Bahia.
O ator destacou a importância de sua formação durante um período de efervescência no teatro, mencionando nomes como Carmen Paternóster e Olívio Kekute. Ele refletiu sobre como essa época foi fundamental para seu crescimento artístico.
Moura também expressou preocupação com o fato de que jovens atores baianos vejam São Paulo e Rio de Janeiro como referências. “Isso prejudica a autoestima do teatro baiano e a sobrevivência dos profissionais que vivem da arte”, comentou.
“Precisamos que o governo se envolva mais. Sinto que o teatro popular da Bahia está abandonado e que atenção a isso é urgente”, acrescentou Wagner, criticando a gestão atual do PT.
No dia 3 de outubro, o ator retornará aos palcos com “Um julgamento – depois de Um Inimigo do Povo”, parte da programação itinerante do Centro Cultural Banco do Brasil em Salvador. A venda de ingressos começa na próxima quarta-feira (24).
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