Youtuber com 4 milhões de seguidores é preso por lavagem de dinheiro

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Em uma megaoperação deflagrada na manhã desta segunda-feira (21/3) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), quatro pessoas acusadas de integrar uma associação criminosa interestadual voltada à prática de jogo de azar e lavagem de dinheiro foram presas temporariamente.
 
Entre os alvos está o youtuber e influencer Kleber Moraes, mais conhecido como Klebim. Nas redes sociais, o acusado acumula mais de 4 milhões de seguidores.
Investigações da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DRF/Corpatri) revelaram que os criminosos atuavam desde 2021 e movimentaram cerca de R$ 20 milhões em apenas dois anos por meio do sorteio de rifas e lavagem de dinheiro utilizando empresas de fachada e “testas de ferro”.
Com autorização judicial, foram sequestrados nove veículos, entre eles um Lamborghini/Huracan e uma Ferrari/458 Spider, avaliados, cada um, em R$ 3 milhões. Também foi sequestrada uma mansão do líder da associação criminosa, no Park Way e determinado o sequestro de R$ 10 milhões das contas dos investigados.
 
Além dos veículos sequestrados, foram apreendidos vários outros carros, uma motocicleta e um jet-ski.

Como agiam

De acordo com a Polícia Civil do Destrito Federal (PCDF), a associação criminosa era capitaneada por youtubers, que promoviam e rifavam veículos na rede social Instagram e canais do Youtube. Horas antes de ser preso, Klebinho usou o Instagram para divulgar uma F250. A rifas custava R$ 6.50. “Essa pode ser sua”, escreveu na rede social.
 
Em um dos questionamentos feitos por um internauta sobre o veículo, o youtuber afirma que só as rodas do carro custam R$ 30 mil.
Após cair no gosto dos seguidores, os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais e as rifas eram anunciadas no sítio eletrônico dfrifas.com.br.
Como tinham milhares de seguidores, as rifas dos investigados eram vendidas com facilidade. Após, os valores provenientes das rifas seguiam para contas de empresas de fachada e eram utilizados para aquisição de novos veículos, que eram registrados em nome de “testas de ferro”.
No total, foram cumpridos oito mandados de busca no Distrito Federal, nas cidades de Brasília, Águas Claras, Guará e Samambaia.

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