‘Sei que tem muita gente que não gosta dele’, diz sobrinha sobre morte de idoso

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Devido ao requinte de crueldade, a morte de Erundino Barbosa Simão, de 60 anos, o Dôta,  foi o assunto mais comentado na manhã desta segunda-feira (21), na cidade de São Sebastião do Passé, Região Metropolitana de Salvador (RMS).  Entre muitas mensagens áudios e textos compartilhadas em grupos de aplicativo, uma gravação de um parente aponta que a vítima tinha muitos inimigos do que amigos. “Sei que tem muita gente que não gosta dele, mas…”, disse uma  sobrinha da vítima.  

Dôta desapareceu após ter a casa invadida por desconhecidos neste domingo (20). Algumas horas depois,  seu corpo foi achado por parentes, conforme áudio de uma sobrinha em um grupo de aplicativo. “Gente uma notícia aí um pouco triste aí pra dar vocês,  mas mataram Dôta, meu tio. Torturaram ele.  Deram uns quatro tiros e enterraram lá. Eu achei o corpo nesse instante com o meu tio.  A polícia desistiu de procurar e a gente insistiu. Usamos as lanternas do celular até que desconfie de um lugar lá e quando a gente cavou lá estava, enterrado lá mesmo”. 

Ainda em um segundo áudio, a sobrinha deixa claro que a vítima tinha inimigos.  O crime é investigado pela 37° Delegacia ( São Sebastião do Passé).  A morte brutal de Dôta estaria ligada as ameaças que vinha sofrendo. “O que a gente sabe até o momento é que ele vinha sendo ameaçado. Não sabemos ainda por quem.  Essas informações chegaram hoje e vamos pegar os detalhes com a família”, disse um policial que participa da apuração.

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O corpo de Dôta foi encontrado enterrado, com marcas de tortura e tiros (Foto: Divulgação)  

Dôta era dono de um sítio, no assentamento Rainha dos Anjos, na zona rural. Com o que produzia , ele vendia no centro da cidade. Além disso, Dôta trabalhava em algumas fazendas. “Ele tomava conta dos gados e parece que isso também teria a ver com a sua morte. ?? por isso que se faz necessário  ouvir os parentes”, declarou um outro policial. 

Repercussão
Moradores da cidade comentaram a morte de Dôta. Algumas pessoas disseram que ele era uma pessoa de bem. “Ele era bastante popular. Vendia temperos na Rua Ernani Rocha. Subia e descia tranquilamente. Fiquei sabendo pelas mensagens compartilhadas no Whatsapp. A família está arrasada. Fico imaginando a dor dos parentes. O que fizeram com ele foi muito cruel. Não sei o que ele fez, mas seja o que for, não merecia algo assim. Eu fiquei bastante triste”, comentou o dono de uma lanchonete perto da prefeitura. 

A dona de um salão de beleza soube da notícia através de suas clientes. Ela conhecia Dôta. “Eu sempre via ele passando por aqui, pelo centro. Ele passava, cumprimentava , falava com um e com outro e seguia o caminho. Ele tinha duas casas: quando não estava com a mulher e a filha na Rua Augusto Amaral, estava no sítio. A gente sabe que quem fez isso estava com muita raiva dele. A perversidade foi muito grande. A cidade está toda se perguntado o porquê dessa violência. Até onde eu sei, ele não era uma pessoa de confusão, pelo contrário. Era bastante conhecido pelo jeito de lidar com as pessoas. Mas nem tudo é que a gente ver”, declarou. 

Dôta era casado, pai de duas filhas e avô de duas meninas. A reportagem procurou os parentes da vítima em três endereço e em todos ninguém quis falar sobre o assunto. No último, na Rua Agostinho Amaral, onde o corpo era velado, uma das filhas relatou que ninguém estava em condições emocionais para comentar o ocorrido. 

Crime
De acordo com a Polícia Militar, por volta das 22h de domingo,  policiais da 10ª CIPM foram solicitados por familiares de um homem que teve sua residência invadida e estava desaparecido. Na casa de Dôta, a equipe visualizou indícios de arrombamento e marcas de tiros. Foram feitas buscas na localidade, porém nenhuma vítima ou suspeito foi localizado.

Os familiares foram conduzidos pelos militares até a 37ª DP para registrar a ocorrência. Depois, moradores encontraram um corpo perto da residência de Dôta. Segundo informações da Polícia Civil, o corpo foi encontrado enterrado em uma cova rasa após ser atingido por disparos de arma de fogo. O carro dele tinha marcas de sangue.

A autoria e motivação do crime estão sendo apuradas pela Delegacia de São Sebastião do Passé.

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