O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou nesta sexta-feira, enquanto estava a bordo do Air Force One, que o país “começará em breve” a realizar testes nucleares, uma prática que foi suspensa desde 1992. Segundo Trump, os EUA precisam “se igualar” aos seus rivais estratégicos e “fazer testes nucleares como outros países”.
“Eu não quero entrar em detalhes sobre isso, mas faremos testes nucleares assim como outros países”, declarou o presidente.
Trump reiterou que os EUA têm “mais armas nucleares do que qualquer outro país”. Ele mencionou que a Rússia é a segunda em armamentos nucleares e que a China, classificada como “um distante terceiro”, deve alcançar Washington em quatro ou cinco anos.
Apesar de suas declarações sobre testes, Trump expressou um desejo de seguir em direção à desnuclearização. Ele sugeriu a possibilidade de um acordo entre as três principais potências nucleares: Estados Unidos, Rússia e China. “Seria a melhor coisa”, afirmou.
Rejeição do Kremlin
A declaração de Trump surge em um contexto de tensões renovadas nas relações diplomáticas. No início da semana, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, negou as acusações do presidente americano, que afirmara que Moscou e Pequim estavam retomando testes nucleares. Lavrov alegou que essas afirmações “não correspondem à realidade”.
Ele destacou que Rússia e Estados Unidos colaboram em um sistema internacional de monitoramento de explosões subterrâneas, que promove a transparência. Lavrov também ressaltou que Vladimir Putin não deu ordens para reiniciar testes nucleares, apenas solicitou uma avaliação técnica sobre a infraestrutura e capacidade, sem infringir tratados existentes.
A resposta russa se intensificou após Trump anunciar a retomada dos testes nos Estados Unidos, uma decisão que violaria o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT), do qual os EUA são signatários, embora ainda não o tenham ratificado. O Conselho de Segurança Nacional russo alertou que essa medida ameaça a estabilidade estratégica global, enquanto a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) advertiu que novos testes poderiam comprometer a segurança internacional.
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