Ministro do STF Alexandre de Moraes detalha reuniões com banqueiros sobre Lei Magnitsky

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, divulgou nesta terça-feira uma nota à imprensa detalhando o conteúdo de uma reunião com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e outros executivos do setor financeiro. Segundo o comunicado, o encontro e as agendas associadas trataram exclusivamente das graves consequências da aplicação da Lei Magnitsky.

O relato também descreve reuniões individuais com o presidente jurídico do Banco Itaú e com a presidente do Banco do Brasil, além de um encontro coletivo com os presidentes da CNF, da FEBRABAN e do BTG, e com vice-presidentes do Santander e do Itaú. Em todas as consultas, foram tratados apenas assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da lei, em especial a possibilidade de manter a movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.

A divulgação ocorreu após reportagens do jornal O Globo, confirmadas pela CNN Brasil, de que Moraes teria procurado Galípolo para interceder pelo Banco Master junto ao Banco Central em pelo menos quatro ocasiões. O ministro não menciona o Banco Master em sua nota.

Em setembro, o Banco Central vetou a compra do Banco Master pelo BRB, fundamentando a decisão na ausência de documentos que comprovassem a viabilidade econômico-financeira. Em novembro, o controlador do Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal e é alvo de investigação por fraudes contra o sistema financeiro.

Conforme revelado pela imprensa, o escritório de advocacia da esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, mantinha um contrato de R$ 129 milhões com o Banco Master, prevendo pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões entre 2024 e 2027.

Na segunda-feira, líderes da oposição no Congresso afirmaram que apresentariam um pedido de impeachment contra o ministro e articulavam a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as relações com o banco.

Em síntese, o conteúdo da nota reforça o foco nas implicações da Lei Magnitsky e na postura das autoridades financeiras diante de potenciais impactos. Compartilhe sua opinião sobre o papel do Judiciário e da fiscalização nesse tema nos comentários abaixo.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

STF declara inconstitucional Marco Temporal para demarcações indígenas e estabelece prazos para União cumprir obrigações

STF decidiu pela inconstitucionalidade do marco temporal na demarcação de terras indígenas. Em sessão virtual encerrada na sexta-feira (19), o Plenário acompanhou o...

Justiça de São Paulo rejeita ação de Edir Macedo contra Netflix por uso de imagem em documentário sobre exorcismo

A Justiça de São Paulo rejeitou a ação movida por Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do...

Por que recomendo Pluribus a você e seu terapeuta durante as férias

Pluribus é uma série de ficção científica da Apple TV que mergulha no tema do desejo e da coletividade, explorando como a propagação...