A possibilidade de uma crise hídrica em São Paulo volta a ganhar força, com o Sistema Cantareira operando com apenas 28% de capacidade no início deste verão. Segundo o Metrópoles, o cenário contrasta com o mesmo período de 2013 e sinaliza desabastecimento caso as chuvas não sejam suficientes. O volume de água que entra no sistema em dezembro é de 21,12 m³/s, muito abaixo da média histórica de 50,3 m³/s para o mês, equivalente a apenas 42% do previsto.
Diante desse quadro, o governo de Tarcísio de Freitas não descarta aplicar o rodízio no abastecimento em 2025, assim como ocorreu em 2015, caso as chuvas entre janeiro e março não recuperem os mananciais da Região Metropolitana. Nesta sexta-feira, 25/12, houve alerta para redução imediata do consumo, em meio a uma onda de calor que elevou o gasto de água em 60% na última semana.
A gestão estadual aponta que o consumo aumenta num período de estiagem, com um dos menores índices de chuvas dos últimos anos, prejudicando as represas que abastecem a região metropolitana. O governo destaca ações como a redução da pressão noturna nos encanamentos desde agosto, que resulta em economia significativa de água, estimada em mais de 1,2 milhão de caixas d’água de 500 litros por dia.
Para manter o equilíbrio, a Sabesp vem realizando manobras operacionais e reforçando o abastecimento em áreas específicas, inclusive com apoio de caminhões-pipa. A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, reforçou que o uso consciente da água precisa fazer parte da rotina das famílias para preservar o nível das reservas que sustentam a Região Metropolitana.
O panorama é ainda lembrado pelo histórico recente: a crise hídrica de 2014, quando Geraldo Alckmin disputava a reeleição, foi um dos principais pontos de desgaste da gestão da época. Embora tenha vencido no primeiro turno, o desgaste foi intenso, e, apesar de negar oficialmente o racionamento na época, em 2015 o governador admitiu que o estado vivia um racionamento informal, com redução da pressão da água em bairros mais altos e distantes.
Agora, com o verão em andamento, o governo reforça a necessidade de cooperação de todos para evitar novas interrupções. A combinação de chuva em déficit, uso consciente da água e medidas de gestão hídrica é apresentada como a base para atravessar este período sem agravar a vulnerabilidade do abastecimento da região.
E você, como tem feito para economizar água no dia a dia? Deixe nos comentários sua opinião sobre as medidas propostas, experiências com o rodízio e sugestões de práticas simples que ajudem a enfrentar a estiagem sem comprometer o cotidiano da cidade.

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