Os professores da rede pública do estado da Bahia, em greve há 113 dias, apresentaram na tarde desta quarta-feira (1º), uma proposta mínima que, se atendida pelo governo do estado, pode pôr fim à paralisação. O documento foi entregue pelo presidente da APLB �?? Sindicato, que representa a categoria, Rui Oliveira, ao procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia, Pacífico Rocha. Os professores haviam dado entrada em pedido para que o MPT fizesse a mediação do conflito, mas na noite de anteontem aprovaram uma nova pauta de reivindicações, mais reduzida, a fim de negociar com o governo.
Enfraquecido por escândalos envolvendo os filhos em escolas particulares e com o esvaziamento de professores, com o retorno à sala de aulas, os líderes grevista devem convocar o fim da paralisação, na próxima sexta-feira (03).
Foram cinco os itens na nova pauta. O primeiro busca a garantia de que não haverá punições aos grevistas, inclusive com a revogação das demissões de Redas e PSTs e a suspensão dos processos administrativos para os professores em estágio probatório. A APLB também exige a retirada das ações judiciais movidas contra a entidade. Outro ponto é o pagamento dos quatro meses de salários retidos até cinco dias após o retorno às atividades. A pauta conta ainda com mais dois itens, que incluem a devolução das contribuições sindicais à APLB e a abertura de uma mesa de negociação para as cláusulas econômicas.
A vice-coordenadora da APLB (sindicato dos docentes), Marilene Betros, disse que o pagamento do reajuste de 22,22% seria discutido futuramente em mesa de negociação. Durante a assembleia desta quarta, o coordenador da APLB, Rui Oliveira, ressaltou que os professores resistiram à determinação do Tribunal de Justiça sobre a ilegalidade do movimento, ao corte de salários dos grevistas e demissão de 157 docentes do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), mas que era o momento de recuar.
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