A experiência de mais de 100 anos em pesquisa e inovação foi fundamental para a Fiocruz distribuir mais de 160 milhões de doses da vacina Oxford AstraZeneca contra a covid-19.E em dez meses concluir a transferência da tecnologia para que fosse possível dar início à produção 100% nacional do imunizante, que dá mais autonomia ao país, segundo a vice-diretora de Biomanguinhos, Rosane Cuber:
“Hoje, nós temos plena capacidade, nós somos completamente independentes na produção. Então a gente vai desde o cultivo da célula até o invase, a rotulagem e a embalagem do frasquinho da vacina. Isso nos dá autonomia e segurança, mas caso aconteça alguma nova grande onda mundial e que precise de vacina a gente hoje aqui já não depende mais da importação do IFA, do ingrediente farmacêutico ativo. A gente aqui tem plena capacidade de fazer as nossas próprias doses.”
A Fiocruz também avalia a eficiência da vacina AstraZeneca. No Rio de Janeiro, cerca de 6,5 mil moradores do Complexo da Maré vão ser acompanhados por dois anos, quem explicou foi o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Fernando Bosa:” De forma a entender melhor qual é o impacto da vacinação sobre o controle da covid, especialmente agora em relação as novas variantes, e a necessidade de futuras ações de vacinação. Então, esse estudo ele é fundamental pra determinar os próximos passos em relação as ações de controle da covid.”
Além de produzir as vacinas, a Fiocruz também trata pacientes com covid para enfrentar a fase crítica da pandemia. construído um hospital com 173 leitos. Uma das pessoas tratadas na unidade foi a pedagoga Kátia de Chiara, que chegou a ficar 25 dias internada: ” Tive dificuldade, eu saí daqui sem andar, numa cadeira de rodas, eu perdi toda força muscular, se não fosse esse hospital eu eu sinceramente não sei o que iria acontecer, esse hospital me salvou.”
No Centro Hospitalar da Fiocruz trabalha uma equipe multidisciplinar com mais de 600 profissionais, o coordenador médico do hospital André Japiassú diz que a unidade tem uma estrutura moderna, capaz de receber pacientes com outras doenças. “O edital surgiu como um hospital de enfrentamento da covid, mas ele já foi montado e preparado para uma duração de sete a dez anos pelo menos. E, é claro que com uma manutenção do hospital, ele pode durar bem mais. Então, eu acredito que realmente vamos ser importantes como legado da pandemia mas para o de enfrentamento de outras epidemias de doenças infecciosas.”
Pacientes tratados Hospital da Fiocruz e outras unidades de saúde do país, agora vão poder contar também com o remédio para tratar a covid que vai ser produzido pela Fundação Oswaldo Cruz. �? o Molnupiravir, o antiviral que ajuda a evitar os casos graves da doença.
Pesquisa e Inovação Rio de Janeiro 29/05/2022 – 10:43 Denise Griesinger / Beatriz Arcoverde Maurício Costa – repórter da Rádio Nacional Fiocruz Especial Fiocruz 122 anos domingo, 29 Maio, 2022 – 10:43 2:58
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