‘Considero que pra Bahia, nesse momento, o melhor é ACM Neto’, diz Ciro Gomes

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Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes disse nesta sexta-feira (1º), em Salvador, que ACM Neto (União Brasil) é a melhor opção para o governo da Bahia. O PDT está fechando acordo para fechar apoio ao ex-prefeito. Ciro veio para a capital baiana para participar das celebrações do 2 de Julho, amanhã, e hoje falou à imprensa em coletiva.

“O nosso partido, o PDT, é dirigido aqui pelo Félix Mendonça. E ele, em audiência com os companheiros todos, tem me dado informação que estão bem avançados os entendimentos para que nós apoiemos ACM Neto para governador. Eu fico absolutamente feliz com essa iniciativa do meu partido aqui. Se vai se consumar ou não, melhor perguntar pros companheiros daqui, porque não costumo chegar de cima para baixo impondo nada. Considero que pra Bahia, estado que amo, nesse momento o melhor é ACM Neto”, afirmou Ciro.

Félix Mendonça afirmou em seguida que está na hora de mudar o comando na Bahia. “A gente não pode ver um estado que tem a pior educação entre o Brasil inteiro e a pior segurança. A gente não pode conviver com isso. Tá na hora de mudar. Chegou a hora de renovar, de arejar. Hoje, a melhor opção é caminhar com ACM Neto”, disse o deputado.

“Sou candidato contra os dois”
Ciro também afirmou que o nome que vai compor sua chapa como vice só será escolhido na convenção marcada para o dia 23 desse mês. Ele falou sobre as pesquisas eleitorais, que o mostram em terceiro lugar, com menos de 10% das intenções de voto. “Pesquisa é retrato, e a vida é filme. Se você olhar em 2018 nessa data, as pesquisas não diziam absolutamente nada do que acabou acontecendo”, considerou. “Não só no Brasil, acabou de acontecer na Colômbia. O terceiro estava a 30 dias da eleição, longe. Veio a eleição e ganhou. Crescentemente a população está deixando para tomar sua decisão nas antecedências da eleição”, disse.

Ele afirmou que Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) são duas figuras “muito quentes” e conhecidas, sendo um o atual presidente e o outro tendo governado por 8 anos, e por isso mexem com muita emoção e são muito noticiadas. “Eu não. Tenho certa notoriedade entre pessoas que formam opinião”, avaliou. 

Ciro também rebateu que suas falas podem acabar ajudando a candidatura de Bolsonaro. “Eu sou candidato contra os dois e não tem petista que me cale. Considero que sendo pessoas diferentes, replicam para o povo brasileiro o mesmo modelo econômico”, disse. “Lula deu aos bancos mais lucros que o FHC. Assentou menos pessoas na reforma agrária que FHC. Otimizou terras indígenas menos que o Collor. Teve a fase dele, teve coisas boas? Claro que teve. Eu estava lá, eu ajudei. Quando ajudava, eu era heroi. Agora que eu vi Lula se corrompendo e desastrando o país, porque você acredita que existiria Bolsonaro se não fosse a contradição econômica e o escândalo de corrupção generalizado que o Lula e o PT produziram?”, questionou, classificando Bolsonaro como um “deputado de quinta categoria do baixo clero que roubava dinheiro do auxílio gasolina”.

O pedetista voltou a falar também sobre sua polêmica viagem a Paris, no segundo turno das eleições de 2018. Ele disse que Lula mentiu ao “fingir” que seria candidato à presidência mesmo preso e inelegível, afirmando que ele fez um “grande estelionato” com os brasileiros. Ele questionou se Lula queria ganhar a eleição de fato ao escolher Fernando Haddad (PT) como candidato. “Vinha de uma eleição um aninho antes, tinha perdido em São Paulo para nulo e branço na reelição. �? mesmo verdade que Lula queria ganhar a eleição?”, disse. “Ele preparou a eleição para Bolsonaro”. 

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(Foto: Paula Fróes/CORREIO)

Indústria e empregos
Ciro falou de sua proposta econômica focada em indústria. “Não existe uma única nação desenvolvida que não tenha indústria sólida”, disse. “Eu tenho um modelo. Qual o modelo do Lula? Qual o modelo do Bolsonaro? O mesmo”, criticou. “Dez anos, doze anos sem produzir nada. Três anos e meio, Bolsonaro e sua tragédia”, disse. 

O pré-candidato falou também que tem compromisso de gerar 5 milhões de empregos em dois anos. “Nesse momento, o Brasil tem 14 mil obras públicas paradas, algumas do governo Lula”, disse. Para Ciro, é possível fazer uma força-tarefa para retomar essas obras, ajudando na criação de empregos. 

Ele também falou da baixa escolaridade do brasileiro. “Quero fazer uma profunda reforma da estrutura pública da educação no Brasil, a partir da creche”, disse, criticando também o que é aprendido nas escolas. 

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