Indícios de obstrução na Abin são encontrados pela PF após início de investigação

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

A Polícia Federal (PF) confirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apagou os dados dos 30 mil monitoramentos alvos da Operação Última Milha após o início do inquérito sobre o uso do sistema First Mile, reforçando a suspeita de que houve uma tentativa de obstruir a investigação.

 

Os arquivos apagados já foram restaurados, segundo fontes a par da investigação, e a PF tenta agora descobrir quem foi o usuário da Abin responsável pela tentativa de eliminar as provas. As informações são do Jornal O Globo.

 

O pedido da PF para fazer uma busca e apreensão na última sexta-feira (20/10) veio justamente porque se suspeitava que agentes da Abin estavam atuando para obstruir a investigação. Em várias ocasiões, a Abin negou pedidos da PF de acesso aos arquivos e às máquinas em que era usado o First Mile.

 

A suspeita de que a cúpula da Abin estava tentando obstruir a investigação vem desde o primeiro semestre, quando o caso veio à tona.

 

Em março, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu a abertura de um inquérito para apurar o caso após uma reportagem de Metrópoles mostrar que o First Mile pode ter sido usado para monitorar pessoas de maneira ilegal.

 

Em seguida, logo após a instauração do inquérito, a Abin pediu que o caso não tramitasse em primeira instância, alegando que a investigação envolvia informações sensíveis de segurança nacional. O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido e o inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Nesse contexto, a Abin sustentava também que o uso irregular do First Mile já estava sendo investigado em uma sindicância interna e, por isso, não haveria necessidade de envolver a PF.

 

Recentemente, a Controladoria-Geral da União (CGU) convocou essa sindicância, temendo não haver isenção na condução da investigação dentro da Abin. A medida da CGU alertou os investigadores da PF de que seria importante realizar a busca e apreensão para garantir a integridade das provas.

 

Segundo fontes da PF, os 20 depoimentos de agentes da Abin na última sexta-feira demonstram como os servidores não estavam se sentindo à vontade de colaborar com a investigação interna, pois são muito mais detalhados e completos do que os testemunhos feitos no âmbito da sindicância da Abin.

 

Algo que pode ter desincentivado servidores a colaborarem com a investigação interna, na avaliação da PF, é que um dos responsáveis pela aquisição do sistema, Paulo Maurício Fortunato, era número 3 da agência na atual gestão. Ele foi alvo de busca e apreensão na sexta-feira.

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

VÍDEO: Bandidos tocam fogo em ônibus no bairro de São Cristóvão após PM trocar tiros com integrantes de facção criminosa

Criminosos atearam fogo em um ônibus na tarde deste sábado (27), no bairro de São Cristóvão, em Salvador. Segundo informações do site Alô Juca, o ataque teria sido represália a morte de dois traficantes no bairro ainda durante a manhã de sábado durante operação da Rondesp Atlântico.           Ver essa foto

Motorista de app do DF desconfia de corrida e ajuda PRF a evitar golpe

Um motorista de aplicativo ajudou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a desmantelar um esquema de golpe em compra de celulares na região do Distrito Federal e Goiás. O caso ocorreu neste sábado (27/4). O motorista de app aceitou uma corrida que tinha como objetivo entregar um iPhone 13 de Planaltina para Águas Lindas de Goiás.

VÍDEO: Renato Gaúcho deixa o campo com o banco de reservas antes do apito final contra o Bahia

Uma situação atípica aconteceu na partida entre Bahia e Grêmio pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Já perdendo para o Esquadrão na derrota de 1 a 0, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, o técnico Renato Gaúcho não gostou da expulsão do árbitro direcionada ao atacante Diego Costa, aos 46 minutos do segundo tempo, e