Lula intensifica presença no Sudeste no início do ano eleitoral

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Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dedicou boa parte da agenda a visitas em estados estratégicos para as próximas eleições municipais, que serão em outubro deste ano. O chefe do Executivo esteve em São Paulo e no Rio de Janeiro, antes de partir para Minas Gerais, na tarde de quarta-feira (7/2).

Essa é a primeira visita de Lula ao estado mineiro neste terceiro mandato. O estado é governado por Romeu Zema (Novo), que tem a ambição de disputar a Presidência em 2026, e tem o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, atrás apenas de São Paulo.

A chegada de Lula não foi recepcionada por Zema, que cumpria agenda em Brasília. Mas o governador sinalizou que deve participar de ato promovido pelo governo federal na capital mineira nesta quinta-feira (8/2). Na ocasião, o chefe do Executivo fará anúncios de obras financiadas pelo Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), projeto idealizado pela gestão petista.

Zema foi convidado a participar do evento ao lado do presidente. Nessa quarta, o governador afirmou que o petista será “bem recebido” em Minas e reforçou a necessidade de dialogar com Lula para tratar da dívida do estado com a União, que gira em torno de R$ 160 bilhões.

“O presidente será bem recebido em Minas Gerais. Ele ganhou as eleições em Minas por uma pequena margem de votos. E Minas e o governo federal têm de fazer muita coisa em comum”, afirmou o governador.

Romeu Zema apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) durante a corrida presidencial. Na época, ele chegou a dizer que o Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula, “arruinou Minas Gerais”. O estado foi governado por Fernando Pimentel, correligionário do petista, entre 2015 e 2019.

Apesar do apelo do governador recém-reeleito, Lula venceu a disputa no segundo maior colégio eleitoral com 50,2% dos votos a favor, contra 49,8%, dos eleitores de Bolsonaro.

O palanque do presidente será reforçado pela presença de 11 de seus ministros (veja a lista abaixo) no evento em Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (8/2).

Os ministros previstos para acompanhar Lula em Belo Horizonte são:

Rui Costa (Casa Civil); Alexandre Silveira (Minas e Energia); Camilo Santana (Educação); Nísia Trindade (Saúde); Renan Filho (Transportes); Esther Dweck (Gestão e Inovação); Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário); Marcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência); Helder Melilo (interino de Cidades); Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social); São Paulo e Rio de Janeiro A viagem ao estado mineiro ocorre após dias recheados de compromissos em São Paulo e Rio de Janeiro, quando Lula subiu a palanques acompanhados por governadores também ligados ao bolsonarismo.

Primeiro, o petista discursou em um palco ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador paulista e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), ao assinar o compromisso da obra para ligar Santos ao Guarujá.

“Nós estamos num ato civilizatório”, falou o presidente. “Esse ato aqui significa que nós precisamos restaurar esse país à normalidade. E a normalidade significa respeitar o direito às diferenças”, completou.

À noite do mesmo dia, Lula esteve no evento de filiação de Marta Suplicy ao PT, após articulação dele para a ex-prefeita concorrer como vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (Psol) rumo à Prefeitura de São Paulo.

No começo desta semana, o chefe do Executivo partiu para o Rio de Janeiro. Na terça-feira (6/2), o petista ocupou um palanque com o governador do estado, Cláudio Castro (PL), que fez um discurso refletindo o tom conciliador do presidente.

“Gostando ou não, estamos aqui e temos um compromisso maior, trabalhar por esse povo e juntos, independente de bandeira partidária ou política”, disse Castro.

De tarde, o presidente trocou elogios com o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho Carneiro (Republicanos), e a ex-ministra do Turismo e deputada federal Daniela Carneiro (União).

“Sempre irei apoiar o empoderamento das mulheres, como o presidente Lula faz. Presidente Lula, sou seu discípulo nesse país e estou para servi-lo sempre”, disse Waguinho.

Daniela falou sobre a época como ministra: “Foi um momento muito feliz, um momento ímpar da minha vida. Conta comigo o que o senhor precisar, como deputada federal, como amiga, estou aqui como fiel escudeira”. Ela deixou o cargo após negociações do governo com o Centrão.

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