Que a Bahia é celeiro da música, isso ninguém pode negar e a capital baiana já chegou a receber o título de “Cidade da Música” pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Mas o estado tem nas costas a “exportação” de outros grandes talentos, desta vez na área do humor. Os nomes vão desde Luis Miranda, da época em que brilhou no Terça Insana, projeto humorístico criado por Grace Gianoukas, até comediantes da nova geração.
Ao Bahia Notícias, o humorista Fábio Porchat fez questão de elogiar a cena e não escondeu a admiração por Miranda, que na passagem pelo ‘Terça Insana’ deu vida às personagens Dona Edith, Madame Sheila, Vovó Arlinda, Ademar Queixada, mas citou João Pimenta e Jhordan Matheus como destaques dessa nova “leva” do humor.
“O Luis Miranda é o cara, né?! Assim, é um gênio que eu acompanho há muito tempo, desde que eu tinha 16 anos e ia lá no Terça Insana acompanhar. O João Pimenta, evidente, é um nome aí que eu já conheço, mas o Jhordan Matheus é um que eu tenho ficado de olho. Tem feito umas coisas bem divertidas, é um cara bem engraçado, eu gosto bastante dele”, contou ao site.
Foto: TV Globo/ Juliana Dias
O artista, que se prepara para trazer o espetáculo de stand-up ‘Histórias do Porchat’ para a Bahia, com show único em Feira de Santana no dia 16 de maio, celebrou o retorno aos palcos após uma temporada de projetos na TV.
“É uma maravilha poder estar no teatro vendo o público ali ao vivo, falando e sentindo a risada acontecendo ali na hora. Esse é o maior desafio. O teatro tem isso assim, e por isso que é muito gostoso, porque não tem desculpa, ou é ou não é, entende? E parece que quando eu faço teatro, quando eu volto pro palco, eu meio que me reconecto de onde eu vim, sabe? Da minha essência. Então isso é muito legal.”
Questionado sobre o nervosismo de voltar a fazer stand up, Porchat conta que se sente seguro com o que apresenta nos palcos, mas confessa que sente um ‘friozinho’ na barriga ao sair do eixo Rio-São Paulo para apresentar o trabalho em outros estados.
“Não dá frio na barriga quando eu tenho uma peça que eu já sei que funciona, porque eu tô me apresentando desde 2022 com ela, então eu sei que o povo ri. O que é engraçado é aquilo. Dá mais frio na barriga pro comediante quando ele vai fazer algum texto novo, alguma coisa que ele não tenha segurança. É isso, quando a gente não sabe ainda se é engraçado ou não é que dá o frio. Quando a gente vai pro lugar diferente do nosso, né, assim, não tô no Rio, não tô em São Paulo, dá um frio. Um friozinho ‘de caramba, será que o pessoal de Feira vai me receber bem, vai gostar de mim, vai rir das minhas piadas?’ Mas eu sei que o povo da Bahia é maravilhoso, então isso aí me deixa bem tranquilo.”
Recentemente, o humorista polemizou ao falar sobre a nova fase da comédia no Brasil e afirmar que o humor está em crise. Para o comediante, o cenário atual mostra humoristas acuados com o que podem apresentar para o público. Ao falar sobre a situação para o Bahia Notícias, Porchat elencou o maior desafio do humor e de quem vive da comédia atualmente: encontrar o próprio público e buscar originalidade no conteúdo.
“Acho que o maior desafio do humorista é encontrar o seu público, a sua voz, não imitar ninguém, não querer fazer humor igual o de ninguém. Volta e meia a gente vê uma pessoa sendo igual ao Paulo Gustavo ou igual à Tata Werneck. E quanto mais você for autêntico, falar das coisas que você acha que tem que comprar, é melhor, entende?”, sugeriu.
Foto: Instagram/ Multishow
No espetáculo ‘Histórias do Porchat’, o humorista relata ao público as aventuras vividas em experiências ao redor do público, desde encontros com gorilas em safáris africanos até a massagem quase erótica na Índia, e a dor de barriga improvável no Nepal.
O show, que será apresentado no dia 16 de maio no Aria Hall, a partir das 20h, está com ingressos à venda no site Ingresso Digital com custo a partir de R$ 100.
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