Imagens de câmeras de segurança trouxeram novos aspectos à investigação do falecimento do ator Rafael Suco, ocorrido há dois anos em um residencial no Morumbi, zona sul de São Paulo. Inicialmente tratado como suicídio, o caso é agora investigado como homicídio pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), seguindo determinação do Ministério Público em dezembro de 2024. A polícia irá realizar uma reconstituição para esclarecer o que realmente aconteceu naquela noite.
Um dos vídeos mais impactantes obtidos pela polícia mostra um homem que estava no apartamento durante a tragédia, registrado após às 23h, quando Rafael já havia caído do quarto andar do prédio. “Nos vídeos do elevador, ele parece sempre nervoso, tentando sair rapidamente, mexendo nas unhas. Há um momento em que ele começa a tirar algo do meio da unha, o que parece mais que nervosismo, mas uma tentativa de remover alguma coisa, o que é muito suspeito”, conta Jean Putzel, amigo próximo de Rafael.
Além das imagens e contradições nos depoimentos, o laudo toxicológico confirmou que Rafael não havia consumido álcool ou drogas, e não havia evidências de um surto psicótico, como afirmaram algumas pessoas que estavam com ele.
Linha do tempo das imagens
Às 23h03, o homem identificado como Ricardo, que estava com Rafael e outras duas mulheres, Gleyce e Daniela, entra no elevador. Logo depois, uma delas aparece e conversa com ele na porta, fazendo com que ele desça. Ambos parecem nervosos. Menos de dois minutos depois, Ricardo retorna ao elevador, ainda visivelmente aflito, mexendo insistentemente nas mãos e unhas.
Às 23h37, após tentar deixar o condomínio sem sucesso, Ricardo volta ao apartamento. As imagens mostram que, nesse retorno, ele mexe no celular de forma ansiosa. O acervo de imagens das câmeras inclui ainda registros de Rafael chegando ao local por volta das 21h. Nas gravações, o ator aparece calmo e tranquilo, o que contrasta com a narrativa inicial das testemunhas.
“Ele chega tranquilamente, como se fosse um encontro, uma reunião entre amigos”, diz Jean. O laudo toxicológico, que demonstra a ausência de álcool e drogas no organismo de Rafael, enfraquece ainda mais a hipótese de um surto psicótico.
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