Uma pesquisa recente do Coletivo Pink, divulgada na segunda-feira, revela que quase metade das mulheres realiza check-ups anuais, enquanto a maioria dos homens só busca atendimento médico quando apresenta sintomas. O estudo, realizado pela Ipsos-Ipec a pedido da Pfizer, entrevistou 1.740 pessoas em várias regiões do país.
Entre as mulheres, 49% consultam um médico regularmente, mesmo sem queixas. Em contraste, apenas 39% dos homens procuram ajuda quando sentem algo incomodando. Segundo Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil, a expectativa tradicional de masculinidade pode afastar os homens dos cuidados de saúde, especialmente em relação a órgãos ligados à identidade masculina, como a próstata.
A pesquisa também mostrou que o câncer está entre as maiores preocupações para ambos os sexos. Para 54% dos homens e 62% das mulheres, essa doença é o principal temor. Curiosamente, quase metade dos homens (48%) ainda não sabe que o câncer de próstata é uma das principais causas de morte masculina.
Mais da metade dos entrevistados (58%) já teve contato com a doença, seja como pacientes ou conhecendo alguém que a enfrentou, ressaltando a necessidade de informação sobre prevenção e diagnóstico precoce.


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O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo, sendo uma das quatro causas mais recorrentes de morte antes dos 70 anos em diversos países. Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de recuperação.
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É fundamental estar atento aos sinais do corpo. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer costuma causar mudanças no organismo. Confira abaixo alguns sinais que podem indicar a presença da doença.
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A perda de peso inexplicável pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de câncer, como estômago, pulmão e pâncreas.
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Mudanças persistentes na textura da pele, especialmente inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago, devem ser avaliadas.
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A tosse persistente deve ser investigada se durar mais de quatro semanas. Se estiver acompanhada de falta de ar ou sangue, isso pode indicar problemas pulmonares.
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Modificações no aspecto das pintas, como mudanças de tamanho, cor ou formato, precisam ser investigadas, principalmente se descamarem, sangrarem ou manterem líquido retido.
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Presença de sangue nas fezes ou urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldade ao urinar também devem ser avaliadas.
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Dores sem explicação que durem mais de quatro semanas podem ser sintomas de câncer. Tumores podem pressionar ossos e nervos, causando incômodos.
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Azia forte e recorrente, acompanhada de dor, pode indicar câncer de garganta ou estômago. Dificuldades e dor ao engolir também devem ser investigadas quanto a doenças do esôfago.
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Fatores de risco pouco conhecidos
O levantamento mostrou que o conhecimento sobre fatores de risco é limitado. Apenas 37% das mulheres e 32% dos homens associam a obesidade ao risco de câncer de mama, e 40% dos homens reconhecem a obesidade como um fator de risco para câncer de próstata. O consumo de álcool e o tabagismo também são subestimados.
“O desconhecimento sobre os fatores de risco faz parte do medo do câncer. A falsa percepção de que ter câncer de mama depende apenas da herança genética pode desestimular hábitos saudáveis, como o controle de peso e a redução do álcool,” comenta Camilla Natal de Gaspari, líder médica de oncologia da Pfizer Brasil.
O estudo revelou que apenas 15% dos homens sabem que indivíduos negros têm maior risco de câncer de próstata e 29% reconhecem que a idade avançada aumenta significativamente essa probabilidade.
Apesar das lacunas de informação, a maioria dos entrevistados se mostra otimista em relação ao tratamento. 65% das mulheres e 58% dos homens acreditam que o câncer de próstata pode ser curado na maioria dos casos, se detectado precocemente.
Mulheres centralizam cuidados de saúde
O estudo também destacou a feminização do cuidado familiar. Entre os entrevistados, 72% das mulheres assumem a responsabilidade pela saúde da família, contra 41% dos homens. Essa tendência se mantém em todas as idades, com mães sendo apontadas como principais cuidadoras pelos jovens de 18 a 24 anos.
Diferenças regionais foram identificadas no cumprimento de exames médicos. Em Recife, apenas 38% dos homens realizam todos os exames solicitados pelo médico, enquanto esse percentual entre as mulheres chega a 67%. Em Belém, 43% dos homens seguem todas as recomendações médicas, contra 54% das mulheres.
Esses dados nos mostram como a conscientização e a educação sobre saúde são essenciais. Compartilhe suas opiniões nos comentários e vamos discutir como podemos melhorar a prevenção e o cuidado com a saúde na nossa região.

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