Direita sem cabeça, sem comando, sem projeto para o país e dividida

O presidente da Câmara, Huguinho Motta, enfrentou mais um revés ao escolher o deputado licenciado Guilherme Derrite como relator do projeto de lei Antifacção, que visa fortalecer o combate ao crime organizado sob o governo Lula.

Motivações de Motta incluem a experiência de Derrite como secretário de Segurança de São Paulo, o estado mais populoso do Brasil. Contudo, sua escolha ignora o histórico polêmico de Derrite, que possui 16 mortes em seu currículo e é conhecido por afirmar que um bom policial deve ter matado pelo menos três criminosos. Além disso, a letalidade da polícia paulista aumentou sob sua gestão.

Derrite, que é um fervoroso apoiador de Bolsonaro e ambiciona uma cadeira no Senado, também tem o respaldo do governador Tarcísio de Freitas, que pode se candidatar à presidência no próximo ano.

A nomeação de Derrite se revelou uma manobra problemática. Ao chegar em Brasília, ele tentou impor suas ideias, que poderiam, na verdade, fortalecer o crime organizado. Após enfrentar resistência, foi forçado a recuar em suas propostas diversas vezes.

Para conseguir a aprovação do seu relatório, Derrite precisará realizar mais alterações. O “Consórcio da Direita”, que reúne governadores de alguns estados, já pediu a Motta um adiamento de 30 dias para a votação.

Apesar das pressões, Motta planeja votar na próxima semana, tentando minimizar a situação embaraçosa. Para o governo, já não faz diferença; eles podem usar a narrativa de que a direita boicotou o enfrentamento ao crime, desviando a culpa.

Após a saída de Bolsonaro, a direita se mostra confusa e direcionada a mais uma derrota. Sem liderança, sem um projeto claro e dividida, parece que as opções estão se esvaindo.

E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e vamos discutir juntos!

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