Dólar cai forte e Bolsa dispara com eleições no Brasil e juros nos EUA

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Nesta terça-feira (2), o dólar caiu 0,52% em relação ao real, sendo cotado a R$ 5,32. Ao mesmo tempo, o Ibovespa viu um forte crescimento, atingindo pela primeira vez a marca de 160 mil pontos, com 160.749,70 pontos durante o pregão. Às 17h05, o índice subia 1,29%, alcançando 160.655,81 pontos.

Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, dois fatores principais impactaram o mercado. Primeiro, uma pesquisa eleitoral mostrou o crescimento do candidato da oposição nas intenções de voto, o que despertou otimismo entre investidores.

De acordo com levantamento do instituto AtlasIntel, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera o cenário do primeiro turno, com 48,4% das intenções de voto, contra 32,5% de Tarcísio de Freitas (Republicanos). A diferença caiu de quase 21 para menos de 16 pontos, o que indica movimentos do mercado a favor de Tarcísio na disputa.

Expectativas sobre juros nos EUA

O segundo fator de influência foi a expectativa de um corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana. Shahini explica que isso diminui a atratividade do dólar e favorece o real, especialmente com a manutenção da Selic em 15% ao ano, tornando a estratégia de carry trade ainda mais atrativa.

O carry trade é uma estratégia onde investidores pegam empréstimos em mercados com juros baixos, para investir em países com taxas mais altas. O Brasil continua tendo um dos maiores juros reais do mundo.

Produção industrial

Além disso, a queda do dólar e a divulgação de dados de produção industrial influenciaram uma leve queda na curva de juros, embora os ganhos estejam limitados pela alta dos rendimentos dos títulos da dívida do Tesouro dos EUA.

A produção industrial brasileira registrou um leve aumento de 0,1% em outubro em relação ao mês anterior, conforme informou o IBGE. Porém, na comparação anual, houve uma queda de 0,5%. Atualmente, a produção está 2,4% acima do nível pré-pandemia, mas 14,8% abaixo do recorde de maio de 2011.

Imposto de Renda sobre dividendos

André Valério, economista sênior do Inter, destacou que o real se valorizou em um dia com poucas notícias e em um cenário global com dólar estável. O leilão de títulos do Tesouro também contribuiu para essa valorização. No fim da sessão, uma notícia sobre o adiamento da cobrança do Imposto de Renda sobre dividendos para abril do próximo ano ajudou a retirar um pouco da pressão sobre a moeda.

Por fim, o mercado ficou desapontado com as declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que não trouxe novidades sobre a política de juros durante um evento na Universidade Stanford.

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