EUA divulgam arquivos sigilosos sobre o caso Jeffrey Epstein nesta sexta-feira

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O Departamento de Justiça dos EUA tem até esta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, para divulgar os arquivos sobre Jeffrey Epstein, o empresário condenado por abuso sexual que manteve ligações com pessoas influentes, inclusive Donald Trump, que, na condição de presidente, tentou manter os documentos em sigilo. Os registros devem oferecer a visão mais detalhada de quase duas décadas de investigações sobre os abusos cometidos por Epstein contra jovens mulheres e meninas.

Sob pressão de aliados republicanos, Trump sancionou, em 19 de novembro, um projeto de lei que concede ao DOJ 30 dias para tornar públicos os arquivos e comunicações relacionados a Epstein, incluindo informações sobre a investigação da morte do empresário. A aprovação mostrou bipartidarismo, superando meses de oposição de Trump e da liderança do Partido Republicano.

A legislação autoriza omissões de informações sobre vítimas ou investigações em andamento, mas estabelece que nenhum registro pode ser retido ou editado por motivos de constrangimento, dano à reputação ou sensibilidade política.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou, em 14 de novembro, ter ordenado a um procurador federal que investigasse as ligações de Epstein com adversários políticos de Trump, incluindo Bill Clinton. Trump pressionou por essa investigação, embora não tenha especificado quais crimes deveriam ser apurados. Até o momento, nenhum dos homens mencionados foi acusado com base nas alegações das vítimas.

A história de Epstein começou em 2005, quando a polícia de Palm Beach abriu a investigação após a denúncia de abuso envolvendo uma menina de 14 anos. O FBI se juntou ao caso e, em 2008, Epstein fechou um acordo que o livrou de processo federal, sendo condenado por crimes estaduais envolvendo prostituição de menor de 18 anos. As vítimas lutaram por anos para anular esse acordo.

Em 2019, promotores federais em Nova York apresentaram novas acusações de tráfico sexual, e Epstein morreu na prisão pouco depois. A ex-namorada dele, Ghislaine Maxwell, foi condenada a 20 anos de prisão em 2021 e, recentemente, transferida para uma unidade de segurança mínima no Texas para depoimentos. Autoridades afirmam não ter encontrado evidências de crimes adicionais envolvendo outras pessoas.

Apesar de grande parte da documentação já ter se tornado pública — voos, agendas, e-mails, boletins de ocorrência e depoimentos — o público continua ávido por novos registros, especialmente sobre as ligações de Epstein com pessoas de destaque, como Trump, Clinton e Andrew.

O que você acha que os novos arquivos podem revelar sobre o caso Epstein e suas possíveis ligações com figuras influentes? Deixe sua opinião nos comentários e participe da discussão.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Ataque com faca em metrô de Taiwan mata três

Ataque com faca no Metrô de Taipei deixa ao menos três mortos e oito feridos. O ataque ocorreu na tarde de 19 de...

Agricultores franceses protestam contra acordo UE-Mercosul em frente à casa de praia de Macron

Cerca de 30 agricultores dos sindicatos FDSEA e JA protestaram nesta sexta-feira, 19/12/2025, em frente à casa de praia do presidente Emmanuel Macron,...

Suspeito de ataques na Universidade Brown e no MIT é encontrado morto nos EUA

O suspeito de tiroteios na Brown University, em Providence, e no MIT, em Boston, foi encontrado morto na quinta-feira (18) em um depósito...