Rede de atendimento cuidará de pinguins resgatados na costa brasileira

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

Logo Agência Brasil

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciou a criação da Rede Brasileira de Atendimento a Encalhes e Informação de Pinguins (Repin) para dar apoio às atividades de conservação de pinguins encontrados no litoral brasileiro. A rede será composta por instituições e grupos de pesquisa que atuam no resgate das aves e promoverá ações de avistamento, monitoramento, atendimento a encalhes, além de situações de animais feridos ou mortos em decorrência de pesca incidental ou derramamento de óleo.

As ações serão coordenadas pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio) e envolverão resgate, estabilização, reabilitação e soltura de animais, além do compartilhamento de dados por meio da catalogação de amostras biológicas de espécimes de pinguins, objetivando o intercâmbio com grupos de pesquisas.

Uma das espécies mais encontradas na costa brasileira é o pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), visitante sazonal proveniente do sul do continente americano – da Argentina, das Ilhas Malvinas e do Chile. Devido a diferentes circunstâncias, muitas aves chegam debilitadas às praias brasileiras. As que conseguem ser resgatadas são reabilitadas, algumas passam por processos de despetrolização e são devolvidos à natureza.ebcebc

Em 2020, 16 pinguins-de-magalhães foram soltos pelo ICMBio por meio de parceria com o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), da Petrobras, a Eletronuclear e o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, em Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro.
 
Os integrantes da Repin deverão promover intercâmbio institucional, colaboração, cooperação técnica e articular a realização de ações de atendimento a pinguins encalhados e capturados em artes de pesca, oleados ou vítimas de outros tipos de ocorrência. “A rede será constituída por um número ilimitado de instituições, desde que atendam aos requisitos necessários estabelecidos pelo Regimento Interno”, diz trecho da portaria de criação da Repin, publicada nesta segunda-feira (27) no Diário Oficial da União.

Notícias relacionadas:

  • Bichos de pelúcia ajudam a acolher animais silvestres resgatados.
  • PF e ICMBio combatem crime ambiental na ilha de Fernando de Noronha .
  • Número de pinguins na costa brasileira é 20% maior em 2021.

A participação de representantes técnicos ou institucionais nas reuniões da Repin não envolverá remuneração e será considerada de relevante interesse público.

As ações da rede envolverão também a necrópsia de animais, para pesquisas relacionadas à conservação; a observação e o registro da presença de indivíduos no litoral, podendo, ou não, envolver o resgate. As reuniões da Repin serão realizadas preferencialmente em meio virtual e, quando presenciais, os custos deverão ser assumidos por cada instituição, não sendo o custeio de responsabilidade do ICMBio, prevê a portaria, que entra em vigor no dia 3 de abril.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Vai chover nesta quarta? Veja quais regiões têm risco de temporal

Nesta quarta-feira, o Brasil enfrenta um aumento no risco de temporais, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Esse fenómeno climático é influenciado pelo...

Abandono familiar e diagnóstico de esquizofrenia: quem era o jovem morto ao invadir jaula de leoa

Gerson de Melo Machado, de apenas 19 anos, conhecido como “Vaqueirinho”, morreu após invadir a jaula de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda...

Mulher que foi arrastada por carro e teve pernas amputadas passará por nova cirurgia

Taynara Souza Santos, de 31 anos, permanece internada em estado grave e em coma induzido no Hospital Municipal Vereador José Storopolli, localizado na...