Casagrande elogia Diniz, mas reprova escolha da CBF: ‘Desnecessária’

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O ex-atacante Walter Casagrande reprovou a escolha da CBF por Fernando Diniz como treinador interino da seleção brasileira. No “Cartão Vermelho”, do UOL, o comentarista elogiou o profissional, mas classificou a contratação como “desnecessária”.

 

O argumento de Casão é um possível desgaste por conflito de interesses, já que Diniz vai conciliar o trabalho na seleção com o que já faz no Fluminense. Para o ex-jogador, a situação deve ficar complicada mesmo que o treinador “faça tudo direitinho”.

 

– Eu acho que vai arrumar um problema desnecessário. Inevitavelmente vai ter o problema da convocação, mesmo que faça honestamente, mesmo que escolha os jogadores do Brasil tentando não prejudicar ninguém, o time que na volta da Data Fifa perder vai cair matando em cima do Diniz, falar que favoreceu esse ou aquele. É uma situação desnecessária no momento – afirmou.

 

Casagrande relembrou que já houve treinador se dividindo entre clube e seleção. Luxemburgo, por exemplo, chegou a fazer isso no Corinthians no fim dos anos 90. O comentarista, no entanto, acredita que a situação não deve funcionar nos dias atuais.

 

– Sou das antigas e já vi treinador fazer isso. Como era comum, a gente não entrava no discurso de conflito de interesses. Talvez eu olhe e fale que “se ele fizer tudo direitinho, não tem problema”. Mas nunca vai ser direitinho. Hoje nunca vai ser. Não dá mais. Naquela época dava porque não tinha redes sociais, internet, nada. O cara convocava e não era pressionado – disse.

 

– Hoje eu acho muito arriscado, desnecessário, e não acho que vai fazer bem para a seleção brasileira ter o Diniz ou qualquer treinador que esteja trabalhando no clube e na seleção. Acho que é desnecessário – completou.

 

 

Elogio a Diniz, mas com ponderação

Casagrande elogiou o trabalho de Fernando Diniz e disse gostar do treinador. Ele pontuou, porém, que há um “prazo de validade” nos times comandados pelo profissional.

 

 

 

– O Diniz está na pior fase. Para mim, ele tem prazo de validade. Gosto do trabalho dele, o time dele joga bem, mas, quando chega em um ponto, acaba a validade. O Fluminense acabou a validade. Foi assim em todos os clubes – afirmou.

 

– Isso não significa que seja incompetente; eu gosto do trabalho dele. Mas cai em determinado momento, despenca, mesmo. É o pior momento de escolha – reiterou.

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