Pikang Dong, o traficante da droga do “sexo químico” em São Paulo
A prisão em flagrante de Pikang Dong, 69 anos, levou a Polícia Civil a desmantelar uma quadrilha internacional que controlava a venda de metanfetamina no centro de São Paulo. Os investigadores descobriram uma extensa rede de entregas da droga a partir do celular do traficante, revelando operações em diversas partes da capital paulista.
A metanfetamina, popularmente conhecida como a droga do chemsex ou “sexo químico”, é destinada a usuários que passam o dia em hotéis com parceiras, combinando sexo e drogas. Dong foi detido com 400g da substância e a chave de um veículo Mercedes que não estava registrado em seu nome, durante uma operação que resultou na prisão de seis pessoas, incluindo outros chineses.
Um informante chinês revelou o endereço usado pela quadrilha, após ser enganado para trabalhar no tráfico de drogas ao aceitar uma proposta de emprego no Brasil. Os envolvidos, incluindo Dong, foram condenados a nove anos de prisão. Durante sua prisão, Dong tentou alegar que era apenas usuário de drogas, mas as evidências encontradas em seu celular mostram sua participação ativa no crime.
As mensagens no celular de Dong revelaram seu envolvimento com traficantes mexicanos e nigerianos, além de desentendimentos e até mesmo planos de fabricação da droga. Outro criminoso, Marcos Zheng, também foi condenado por tráfico de drogas, sendo flagrado em um motel com metanfetamina. Antonio Ortiz, um engenheiro químico mexicano, é apontado como um dos principais fornecedores da droga em São Paulo.
A Operação Heisenberg, inspirada na série de TV Breaking Bad, desencadeou 60 mandados de prisão e 101 de buscas e apreensões, com o objetivo de desarticular essa perigosa rede de tráfico de drogas na capital paulista.
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