O clima na Câmara de Salvador esquentou com as declarações do vereador Kiki Bispo (União Brasil) sobre a postura da APLB Sindicato em relação ao recente reajuste salarial proposto pela Prefeitura. Em uma crítica contundente, ele questionou a incoerência da entidade ao aceitar um aumento de 6,27% oferecido pelo governo do Estado, enquanto rejeita uma proposta municipal que varia entre 6,27% e 9,25%.
“É preciso coerência. A APLB comemorou o percentual menor do Estado e fez foto ao lado do governador. Já em Salvador, onde a proposta é superior, eles rejeitam. Isso precisa ser esclarecido”, enfatizou Kiki, chamando a atenção para a disparidade nas escolhas feitas pelo sindicato.
O vereador também destacou que, caso a proposta seja aceita, o salário médio dos professores da rede municipal superará R$ 9 mil, permanecendo acima do piso nacional do magistério. Kiki não hesitou em acusar a APLB de usar a classe de educadores para fins políticos, sugerindo que os professores estão sendo manipulados em um jogo que prejudica suas reivindicações legítimas.
“A categoria está sendo usada como massa de manobra. Essa postura é irresponsável e prejudica o debate sério sobre a valorização dos profissionais da educação”, declarou, deixando claro seu descontentamento com a situação atual.
Além disso, Bispo criticou a recente manifestação dos sindicalistas na Câmara Municipal, que resultou em tumulto e invasão do plenário. Para ele, o episódio representa um ataque à democracia e uma afronta aos valores de civilidade e respeito nas discussões políticas.
“Invadir um prédio público, agredir vereadores e interromper uma sessão não é uma forma legítima de protestar. Foi um ato grave e precisa ser tratado com a devida seriedade”, concluiu o vereador, deixando um alerta sobre os limites do protesto e a importância do diálogo construtivo.
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