O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu suspender imediatamente o inquérito que investiga as pessoas que removeram corpos em uma área de mata nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. A medida foi tomada nesta segunda-feira e estabelece um prazo de 48 horas para a Polícia Civil justificar a abertura da investigação.
Além disso, Moraes determinou a preservação de todas as imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos na operação. Também foi solicitado o envio ao STF de cópias de todos os laudos das vítimas, incluindo registros fotográficos e busca de projéteis.
Após a operação, mais de 60 corpos foram removidos por moradores da região. No dia seguinte, a Polícia Civil anunciou que investigaria essas ações por “fraude processual”, alegando que a cena do crime teria sido alterada de forma intencional.
As autoridades do Rio esclareceram que não intervieram nos corpos para manter a cena como estava, a fim de possibilitar a investigação pericial.
Durante uma audiência com representantes de organizações sociais, Moraes recebeu denúncias de que familiares das vítimas foram coagidos a prestar depoimentos antes de reconhecer os corpos. Ele se comprometeu a apurar esses relatos.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que a decisão será cumprida e destacou que o inquérito “não visa investigar familiares de falecidos, mas sim as ordens de líderes da facção criminosa que tentaram ocultar os vínculos dos mortos com a organização”.
O desdobramento desse caso levanta questões importantes sobre como as autoridades lidam com situações assim em áreas de conflitos. O que você pensa sobre o assunto? Compartilhe suas opiniões nos comentários.

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