No último domingo, terroristas muçulmanos sequestraram um pastor, sua esposa e outros membros de uma igreja recém-inaugurada durante um culto na Nigéria. O ataque ocorreu na Igreja Querubim e Serafim, na área de Governo Local de Yagba West, em Ejiba, no estado de Kogi.
Segundo Adegboyega Oguns, presente no momento, o pastor, conhecido como Orlando, foi levado junto com a esposa e diversos fiéis. O instante foi descrito como caótico, com pessoas correndo para o mato para fugir. Moradores locais relataram que muitos dos sequestrados faziam parte dos primeiros membros que contribuíram para erguer a igreja.
As famílias ainda tentam localizar os parentes que fugiram durante o ataque, por isso o número de sequestrados não está confirmado.
O governo do estado de Kogi confirmou o ataque, qualificando as ações dos terroristas como inaceitáveis. As forças de segurança foram mobilizadas para perseguir os suspeitos e trabalham para localizar e resgatar as vítimas.
O incidente aconteceu menos de 24 horas depois de outro ataque na mesma área, na região de Yagba Leste. Viajantes foram forçados a abandonar seus veículos, vários foram sequestrados e outros tiveram objetos roubados. Esses episódios aumentaram a apreensão entre moradores, com a sensação de que a insegurança tem crescido nos últimos meses na região.
Líderes cristãos, grupos de defesa e analistas de segurança vêm registrando episódios semelhantes ao longo dos anos, principalmente nas regiões centro-norte e noroeste do país. Muitas organizações apontam padrões de sequestros envolvendo pastores, fiéis e famílias de igrejas.
A Lista Mundial de Vigilância de 2024 aponta que mais de 4.100 cristãos foram sequestrados na Nigéria no último ano, o maior número já registrado globalmente. Autoridades nacionais costumam negar que os cristãos sejam alvos específicos por fé; para moradores de Ejiba, porém, as igrejas continuam sendo alvos frequentes, especialmente durante os cultos.
Pastores, seminaristas, membros de corais e jovens cristãos têm sido tirados de igrejas em estados como Kaduna, Níger, Zamfara, Benue, Plateau e Kogi. O ataque deixou a cidade de Ejiba em expectativa e mudou a rotina: muitas famílias ficaram em casa; encontros programados para a semana seguinte foram cancelados; pais temem permitir que seus filhos participem de atividades noturnas promovidas pela igreja.
Observadores de direitos humanos destacam que os ataques revelam uma tendência de terroristas mirando locais de culto em áreas rurais, onde a presença policial é mais limitada. Mesmo com garantias das autoridades, a violência continua. Dados de organizações de direitos humanos indicam que mais de 50 comunidades cristãs sofreram sequestros em massa nos últimos 12 meses.
Este é o segundo ataque na região de Yagba em um único dia e um dos diversos episódios documentados na região central da Nigéria nas últimas semanas.
Como você avalia essa escalada de violência? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre segurança, fé e comunidades locais.

Facebook Comments