"A supremacia branca não terá a última palavra" nos Estados Unidos

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O presidente norte-americano, Joe Biden, visitou, esta terça-feira, o local onde, no fim de semana, 10 pessoas morreram vítimas de um tiroteio motivado por ódio racial, em Buffalo.

“Viemos para fazer o luto com vocês”, começou afirmando o chefe de Estado, que chegou a cidade acompanhado por sua mulher Jill.

“�? como sentíssemos um buraco negro no peito, como se estivéssemos sufocando, sem conseguir respirar. A raiva e a dor, a tristeza de uma perda tão profunda”, prosseguiu, citado pelo The Guardian, deixando depois uma garantia aos que se encontravam presentes.

“Nos Estados Unidos, o mal não vencerá. Prometo a vocês. O ódio não prevalecerá. A supremacia branca não terá a última palavra”, prometeu, considerando que o que aconteceu em Buffalo “é terrorismo simples e direto, terrorismo doméstico, violência infligida ao serviço do ódio, e uma sede viciosa de poder”.

Joe Biden recordou outros tiroteios semelhantes, como os de El Paso, Atlanta, ou Dallas. “A supremacia branca é um veneno. �? um veneno que atravessa a nossa política, que se deixou apodrecer, e que está a crescer mesmo à frente dos nossos olhos. Não mais. Acabou-se”, disse.

Joe Biden apelou mais uma vez para a regulação de armas de fogo: “Não sou ingênuo. Sei que a tragédia se repetirá (…) mas há coisas que podemos fazer. Podemos proibir as armas de assalto nas nossas ruas”.

O democrata pede há muito ao Congresso para proibir as armas de assalto, mas deparou-se até agora com uma oposição republicana a qualquer tipo de regulamentação.

A organização Gun Violence Archive contabilizou já este ano mais de 200 “tiroteios com várias vítimas” nos Estados Unidos, nos quais pelo menos quatro pessoas foram feridas ou mortas, incluindo o perpetrado no sábado em Buffalo por Payton Gendron, um jovem branco de 18 anos que, antes do massacre, se apresentou como “fascista”, “racista” e “antissemita” num manifesto de 180 páginas.

No sábado, um tiroteio num supermercado Tops em Buffalo, no estado de Nova Iorque, resultou na morte de dez pessoas, além de ter deixado três pessoas feridas. O atirador rendeu-se às autoridades pouco depois de terminar.

O único suspeito é Payton Gendron, um adolescente branco de 18 anos que deixou um manifesto de centenas de páginas na internet, e uma longa pegada digital, nos quais defendia a morte de pessoas negras e a teoria da substituição racial – uma teoria da conspiração conservadora, veiculada por canais conservadores como a Fox News e por alguns políticos norte-americanos, que afirmam que o aumento de imigração ilegal e o casamento transracial irá diluir a população caucasiana e inclinar o país para a esquerda.

O presidente e a primeira dama, Jill Biden, deixaram flores no memorial improvisado pelos residentes da localidade, em homenagem às vítimas do ataque.

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