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Com o julgamento dos acusados pelos atentados de 8 de janeiro em curso, o governo começa a perceber que a defesa da democracia deixará de ser o principal ponto de suporte do presidente Lula. Acabou-se a desculpa de que as coisas demoram a acontecer porque a transição foi difícil, veio a tentativa de golpe e não foi possível colocar o governo em voo de cruzeiro. Daqui por diante, a ideia é mostrar que a economia dá sinais de melhora, que Lula inseriu o Brasil com o pé direito e altivez no cenário internacional, está trabalhando em prol da transição energética, da defesa da “floresta em pé” e defende os mais pobres. As linhas gerais dessa transição – de um discurso de defesa da democracia para o de ações sociais e ambientais – serão apresentadas no discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU, terça-feira.
ESPARTANA A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, viajou de Brasília para Nova York neste sábado, em voo comercial da Gol, com conexão em Miami. Saiu 9h40 da manhã, em classe econômica. Em Miami, seriam mais três horas de espera. Só chegaria em NY à noite, depois de 21h. Agenda intensa hoje já.
PREFEITURAS A preparação para o ano eleitoral para a disputa das prefeituras, que começa agora, haverá um empurra-empurra entre os aliados mais ao centro e aqueles mais à esquerda. Porém, as apostas são as de que esse estica-e-puxa para as eleições municipais, ainda que provoque solavancos, não resultará numa dispersão generalizada. É que, mesmo os partidos mais à direita, hoje não têm muito para onde ir, uma vez que Jair Bolsonaro, embora detentor de algo em torno de 25% dos votos nacionais, tem um grande calvário pela frente, por causa da delação de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens. Se Lula souber jogar e a economia não descarrilhar, seus ministros acreditam que o céu continuará estrelado para o petista no futuro próximo.
PLANO DE VALDEMAR
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, ligou o radar em busca de potenciais candidatos ao Senado em vários estados. Ele está com a ideia fixa de que é na Câmara Alta que a legenda terá mais chances de fazer uma maioria expressiva. Na última eleição, o PL foi quem mais elegeu senadores. Foram oito e era uma vaga só. Na próxima, serão duas vagas. Com a bandeira da direita em mãos, ele tem dito amigos que tem tudo para dobrar essa marca.
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