Dono de padaria guardava pau no balcão de saída, diz vítima ameaçada

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São Paulo – O empresário Alan de Barros, de 32 anos, que gravou um vídeo sendo ameaçado e perseguido pelo dono de uma padaria em Barueri, na Grande São Paulo, relata que o agressor guardava um pedaço de pau no balcão de saída do estabelecimento.

A informação consta na notícia-crime, apresentada pelo advogado da vítima, na qual ele pede a prisão preventiva de Silvio Mazzafiori, de 65 anos, o dono do Empório Bethaville, a padaria onde o episódio aconteceu, na última quarta-feira (31/1). O caso é investigado pela Polícia Civil como “ameaça”.

Alan foi abordado por Mazzafiori por usar um notebook na padaria, o que é proibido pelo proprietário. “O sr. Mazzafiori, sem qualquer provocação justificável, passou a proferir ameaças e ofensas (…), demonstrando um comportamento extremamente violento e descontrolado”, diz a queixa.

Segundo a vítima, a situação “escalou” e o dono da padaria tentou acertá-lo com o porrete. “O sr. Mazzafiori, munido de um pedaço de pau de considerável tamanho – que já se encontrava estrategicamente posicionado no balcão da recepção de saída –, perseguiu a vítima com a intenção clara de lhe causar graves lesões físicas.”

O comerciante foi filmado com o pedaço de pau na mão (veja abaixo). As imagens mostram que ele tenta correr atrás da vítima, já do lado de fora do estabelecimento, e cai no chão logo em seguida.

Ameaça Na notícia-crime, Alan diz ter sido vítima de tentativa de homicídio, injúria, ameaça e vias de fato. Até o momento, a Polícia Civil só viu possível crime de ameaça e não representou pela prisão preventiva do suspeito.

“Há vídeos que demonstram o Sr. Mazzafiori tentando atingir o crânio do Sr. Alan com o objeto, uma ação que, não fosse a habilidade da vítima em esquivar-se, poderia ter resultado em consequências fatais”, afirma o advogado da vítima, no documento.

A confusão começou por volta das 12h30 de quarta-feira (31/1). Na ocasião, o comerciante foi até a mesa do cliente para avisá-lo que não era permitido usar notebook no local.

Ao ser confrontado, Mazzafiori teria dito que a vítima “não sabia com quem estava mexendo” e dado “um golpe contra o telefone celular” de Alan, que passou a filmar a abordagem. Em seguida, o dono da padaria diz ao cliente para “resolver as coisas lá fora”.

Quem é a vítima Natural de Curitiba (PR), Alan tem uma empresa em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde reside há cerca de dois anos e de onde havia partido para o Brasil, há cerca de um mês, para expandir seus negócios na área de tecnologia.

Ele aproveitou a viagem de negócios e marcou um café com amigos de São Paulo que não via há algum tempo. O local escolhido foi o Empório Bethaville.

“Meu pedido, uma torta e um café, tinham acabado de chegar, e abri meu notebook para mostrar algumas coisas para os meus amigos. Foi quando chegou o senhor, muito agressivo”, disse ao Metrópoles.

Durante a discussão, o comerciante pergunta se Alan “é homem” e diz para os dois para resolverem a situação fora da padaria. Alan não bebe o café, não come a torta e sai da padaria.

Ele é seguido pelo comerciante, que segura um pedaço de madeira nas mãos e corre para cima do empresário. Após percorrer poucos metros, o comerciante tropeça e cai com o rosto no chão.

Quem é o dono da padaria Mazzafiori é dono de padarias e empresas do ramo alimentício, entre elas o Empório Bethaville, com unidades localizadas em Barueri e Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo.

A denúncia de Alan de Barros, de 32 anos, não foi a primeira contra o dono da padaria. O Metrópoles apurou que o comerciante impede clientes de usarem aparelhos eletrônicos em seu estabelecimento ao menos desde 2018. No site Reclame Aqui, também há dezenas de relatos sobre a conduta de Mazzafiori.

Em 2012, o empresário tentou se candidatar a vereador pela cidade de Jandira, também na Grande São Paulo, pelo então Partido Trabalhista Cristão (PTC, que passou a se chamar Agir em 2021), com o nome Silvio Duca. No entanto, sua candidatura foi indeferida com recurso e Mazzafiori não teve votos.

O Metrópoles tentou contato com Mazzafiori, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

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