DF tem 116 casos confirmados de monkeypox, aponta Secretaria de Saúde

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O Distrito Federal tem 116 casos confirmados de monkeypox e 127 suspeitos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15/8), pela Secretaria de Saúde do DF. Outros 154 pacientes tiveram o diagnóstico negativo após os exames laboratoriais.

Do total de infectados, 113 são do sexo masculino e 5 do feminino e todos estão acima dos 18 anos. A maioria está na faixa etária dos 30 �?? 39 anos.

Nesta segunda-feira (15/8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para o presidente Jair Bolsonaro (PL) informar as medidas tomadas contra a doença, confirmada em cerca de 1 mil pessoas em território nacional.

Desde que o primeiro caso de varíola dos macacos (monkeypox) foi notificado no Reino Unido, há três meses, mais de 27 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença em todo o mundo. Com o aumento de casos cresceram também as dúvidas �?? nas redes sociais, já começaram a circular informações falsas e imprecisas. Especialistas em saúde pública avaliam que a desinformação e os estigmas em torno da doença atrapalham o enfrentamento.

�??A estigmatizarão atrapalha tudo porque vai contra a vida das pessoas. Esses pacientes precisam ser acolhidos, protegidos e ter acesso ao tratamento�?�, afirma o infectologista José David Urbaez Brito, presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal.

Afim de esclarecer essas dúvidas, o Metrópoles explica quatro mitos sobre o assunto:

Mito 1: �??Apenas homens gays e bissexuais correm risco de pegar a doença�?� Qualquer pessoa que viva ou tenha contato próximo com um paciente com feridas ou bolhas provocadas pelo vírus corre risco de ser infectada. Isso inclui parentes, parceiros afetivos e sexuais, e profissionais de saúde, independente do gênero ou orientação sexual.

O presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal explica que o início da transmissão da doença coincidiu com grandes eventos do calendário do orgulho gay, e o vírus encontrou nas aglomerações o ambiente perfeito para se disseminar.

�??Esse grupo de pessoas, por uma circunstância, estava em maior risco. Poderia ter sido no Carnaval. Muitos fatores fizeram com que o vírus encontrasse uma forma mais eficiente de transmissão. Isso não quer dizer que tenha relação com a orientação sexual�?�, afirma.

Mito 2: �??O vírus não é transmitido pelo ar, logo, não preciso fazer isolamento�?� O isolamento faz parte das medidas para conter o surto. Segundo Urbaez, o paciente deve ser permanecer de quarentena por cerca de 21 dias (três semanas) ou até que todas as lesões estejam completamente cicatrizadas e sem casquinhas.

Mito 3: �??O vírus é transmitido como o HIV�?� Embora o vírus da varíola dos macacos já tenha sido encontrado em uma amostra de sêmen, ainda não está comprovado se a transmissão pode ocorrer pelo contato com o esperma ou fluidos vaginais. Ainda assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a doença como uma infecção sexualmente transmissível (IST).

O contágio ocorre principalmente quando há contato próximo (que acontece pelo beijo, abraço, relação sexual oral ou com penetração) com os fluidos das feridas e bolhas de um paciente infectado. Outras vias de transmissão são o compartilhamento de objetos e superfícies.

Mito 4: �??A varíola dos macacos tem alto risco de morte�?� Embora a doença possa causar quadros graves �?? com dor intensa causada pelas lesões na pele, acometimento da mucosa retal e cicatrizes permanentes por todo o corpo �??, a taxa de mortalidade pela infecção do monkeypox está abaixo de 1%.

�??Felizmente, a doença tem letalidade muito baixa. Em alguns países da África, a letalidade é mais alta pela falta de acesso ao diagnóstico e tratamento, situação completamente diferente da nossa realidade�?�, afirma Urbaez.

Pessoas com o sistema imunológico comprometido, recém-nascidos e crianças pequenas correm o risco de desenvolver sintomas mais graves quando são infectadas.

�??No passado, entre 1% a 10% das pessoas com varíola dos macacos morreram. �? importante notar que as taxas de mortalidade em diferentes contextos podem diferir devido a uma série de fatores, como o acesso aos cuidados de saúde�?�, disse a OMS, em comunicado.

De acordo com a plataforma Our World In Data, foram registrados cerca de 27 mil casos e nove mortes em todo o mundo entre o início de maio e essa quinta-feira (4/8). Na maioria dos casos, os sintomas evoluem e desaparecem por conta própria em algumas semanas.

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