Após visitar Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta sexta-feira (18/11), no Palácio da Alvorada, o general Walter Braga Netto – candidato a vice do chefe do Executivo na tentativa de reeleição – conversou com apoiadores. Uma mulher, chorando ao pedir notícias do presidente, disse: “A gente tá na chuva e no sol.” Então, o general responde: “Eu sei, mas tem que dar um tempo.”
Antes disso, Braga Netto, em conversa com outros bolsonaristas, que também estavam preocupados, afirmou que o presidente “não tem problema nenhum”. “Vocês, não percam a fé. É só o que eu posso falar agora”, completou.
As abordagens no Alvorada acontecem após, na noite dessa quinta-feira (17/11), Bolsonaro dar entrada no Hospital das Forçadas Armadas, em Brasília, em decorrência de dores abdominais. De acordo com as informações preliminares, uma nova cirurgia está sendo avaliada.
Recentemente, pessoas próximas do presidente, assim como o ex-ministro da Defesa, têm afirmado que Bolsonaro teve uma infecção bacteriana nas pernas: erisipela.
Os apoiadores estão há pelo menos duas semanas acampados no Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). Na noite desta segunda-feira (14/11), eles ficaram sem energia elétrica. Nas redes sociais, alguns deles publicaram vídeos dizendo que a luz foi “desligada” e que a situação era “um absurdo”.
Para além da preocupação com o estado de saúde de Bolsonaro, manifestantes não aceitam a vitória nas urnas de Luiz Inácio Lula da Silva em 30 de outubro.
Protestos e pedido de afastamento de diretor da PRF
Os bloqueios em rodovias federais, configurando protestos antidemocráticos, voltaram a ser realizados após nove dias sem nenhum caso, segundo informado nesta sexta-feira (18/11) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). São seis interdições totais e uma parcial – todas no estado de Rondônia, na Região Norte do Brasil.
Por solicitação do Ministério Público Federal, a Polícia Federal abriu na quinta-feira (10/11) inquérito para que o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fosse investigado por suspeita de prevaricação.
Posteriormente, o MPF do Rio de Janeiro (RJ) pediu o afastamento de Vasques por 90 dias.
O órgão afirma que a atuação do diretor na função pode ter favorecido a campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição. No dia do segundo turno, a corporação teria apertado o cerco contra o transporte público de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva (PL) tinha ampla margem de votos sobre Bolsonaro.
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