O inquérito sobre o desaparecimento de dólares na casa da produtora Paula Lavigne, casada com Caetano Veloso, ganhou novos contornos nesta segunda-feira (27/5), com o depoimento de uma ex-funcionária do casal, Andressa Carvalho Marques da Silva, que falou como testemunha e fez acusações contra a ex-governanta Edna Paula da Fonseca Santos.
O caso veio a público na última sexta-feira (24/5), por meio de uma reportagem da revista Veja São Paulo, com detalhes do caso trabalhista em que a ex-governanta disse que era vítima de assédio moral, jornada de trabalho excessiva e acúmulo de funções. Edna pede cerca de R$ 2,6 milhões em indenização no processo.
Andressa prestou depoimento à 14ª Delegacia de Polícia, no Leblon, na Zona Sul do Rio, onde corre o inquérito que investiga o furto de dólares e bebidas da casa do casal. Andressa trabalhou na casa da produtora entre 2016 e junho de 2020 como arrumadeira e auxiliava esporadicamente na cozinha.
Segundo a ex-funcionária, ela foi demitida por Edna em junho de 2020. A demissão teria se dado, segundo Andressa, “sem maiores explicações”, depois que a governanta a ouviu falar ao telefone com uma amiga de ambas sobre supostos desvios de Edna na casa.
Andressa, que é transsexual, relatou no depoimento que atualmente trabalha na casa do filho de Paula e Caetano, o cantor Tom Veloso. Entre dezembro e fevereiro de 2024, anos depois de sua demissão, ela contou ter sido chamada por Edna a limpar a casa de Paula e Caetano uma vez por semana, enquanto a produtora estava na Bahia.
Segundo Andressa disse à polícia, numa dessas ocasiões, viu o ex-marido da governanta no closet do casal, onde ficava o cofre com os dólares que desapareceram.
Sobre o furto dos dólares, a ex-faxineira contou ter ouvido de Edna num primeiro momento que teriam sumido US$ 15 mil, mas depois ficou sabendo que seriam US$ 40 mil.
A respeito da demissão de Edna Santos, Andressa Carvalho afirmou ter ouvido da ex-governanta que foi mandada embora com justa causa em razão de vídeos em que aparece falando que pegaria bebidas alcóolicas de Paula Lavigne.
Na oitiva, Andressa também levantou suspeitas sobre Renata Sanches, outra ex-funcionária da casa de Paula Lavigne e Caetano Veloso, citada por ela como “namorada” de Edna. Andressa relatou desconfiar de Renata pelo fato de ela ter se apossado de cartões de crédito em nome de Paula e Caetano com autorização de Edna, sem o conhecimento dos patrões. Citou também o fato de a mãe de Renata, a quem atribuiu um histórico de dificuldades financeiras, ter comprado um salão de beleza em Niterói.
Embora tenha levantado suspeitas sobre a ex-governanta, Andressa Carvalho se disse “amiga pessoal” dela e relatou morar em um apartamento de Edna em Bangu, na Zona Oeste carioca, pelo qual paga um aluguel de R$ 500 mensais. Segundo Andressa, Edna comprou outros dois apartamentos em Bangu, entre 2016 e 2017, e um em Niterói, em 2023. Esse último imóvel estaria no nome do ex-marido de Edna e seria ocupado atualmente por Renata. Edna não morava nos últimos anos nesses imóveis, mas num apartamento de Paula e Caetano em Ipanema, no Rio de Janeiro.
A coluna tenta contado com a defesa de Edna Santos e não conseguiu contato com Renata Sanches. O espaço segue aberto para eventuais manifestações. Nesse domingo, a defesa de Paula Lavigne enviou nota à coluna dizendo que a produtora não comentaria o caso, e esperava a conclusão da investigação.
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