Senado dos EUA apresenta projeto para barrar tarifaço de Trump contra o Brasil

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Um grupo de senadores americanos apresentou nesta quinta-feira (18) um projeto de lei para derrubar as tarifas adicionais de 40% impostas pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros. Esta iniciativa visa revogar a declaração de emergência nacional que Trump assinou em 30 de julho, a qual serviu como base legal para o aumento das tarifas, elevando a taxa total para 50%, somando-se aos 10% já em vigor.

Trump justificou sua decisão com base na Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional (IEEPA). No entanto, parlamentares argumentam que seu uso foi abusivo e pode ser revertido pelo Congresso. Os autores do projeto destacam que uma guerra comercial com o Brasil traria prejuízos para ambas as economias e aumentaria os custos para os consumidores americanos.

Os senadores alertaram que essa guerra comercial aumentaria os custos para os americanos, prejudicaria tanto a economia dos Estados Unidos quanto a do Brasil, e faria com que o país se aproximasse da China. O comércio entre os dois países movimenta cerca de US$ 40 bilhões por ano, sustentando 130 mil empregos nos Estados Unidos. Um exemplo citado é o café brasileiro, que representa aproximadamente US$ 2 bilhões em exportações anuais, um produto cuja demanda interna não pode ser suprida pela produção americana.

A iniciativa é liderada pelos democratas Tim Kaine, Chuck Schumer, Jeanne Shaheen e Ron Wyden, além do republicano Rand Paul, e conta com o apoio de outros senadores, como o democrata Peter Welch e o independente Angus King. Kaine, em declarações públicas, afirmou que as tarifas são ultrajantes e que a política econômica deve beneficiar os americanos, não ser uma vingança pessoal. Rand Paul também reforçou a crítica à legalidade do decreto, afirmando que a política comercial deve ser responsabilidade do Congresso.

Chuck Schumer, líder dos democratas no Senado, classificou a declaração de emergência como um abuso de poder. Segundo ele, a situação não deve ser usada para jogar com a vida financeira dos cidadãos.

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