Após uma série de desafios e atrasos, a Boeing está pronta para um marco na história da exploração espacial: o lançamento da nave Starliner com astronautas a bordo. Este evento é o resultado de uma década de desenvolvimento sob um contrato de US$ 4,2 bilhões com a NASA e representa um teste significativo tanto para a divisão espacial da Boeing quanto para a própria NASA.
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A que horas será o lançamento da Starliner?
A missão, marcada para as 22:34 de segunda-feira, contará com os astronautas veteranos Sunita Williams e Barry “Butch” Wilmore. O objetivo é avaliar o desempenho da Starliner no espaço com uma tripulação, incluindo a capacidade de acoplar autonomamente à Estação Espacial Internacional, que orbita a Terra a uma velocidade de 17.500 mph (aprox. 28.163 km/h). Os astronautas também realizarão testes manuais de voo antes da acoplagem.
A confiança da NASA na Boeing é evidente, com a agência destacando os esforços extraordinários da empresa para garantir o sucesso da missão. James Free, administrador associado da NASA, expressou sua confiança nas equipes envolvidas, enquanto Steve Stich, responsável pelo programa de tripulação comercial da NASA, enfatizou a abordagem metódica adotada para alcançar o voo.
Starliner enfrenta anos de desafios
No entanto, o caminho até este ponto não foi fácil. A Starliner enfrentou problemas desde seu primeiro voo de teste, incluindo falhas no computador de bordo e problemas com o sistema de paraquedas. Além disso, a Boeing teve que lidar com questões de controle de qualidade tanto em sua divisão de aviação comercial quanto no programa espacial, o que levou a uma avaliação crítica da NASA sobre os processos de qualidade de software da empresa.
O lançamento da Starliner ocorre em um momento crucial para a Boeing, que recentemente anunciou uma reestruturação de liderança e a substituição do CEO David Calhoun após incidentes envolvendo a aeronave 737 Max. A empresa enfrenta a pressão adicional de acompanhar o sucesso da SpaceX, que já está transportando astronautas há quatro anos, apesar de ter recebido um contrato menor que o da Boeing.
Apesar dos desafios e dos custos excessivos de cerca de US$ 1,4 bilhões, a Boeing permanece comprometida em cumprir seu contrato com a NASA, com missões planejadas até o final da década. O foco atual está no teste de voo tripulado (CFT), que, se bem-sucedido, solidificará a posição da Starliner como uma das principais naves espaciais capazes de transportar astronautas para a ISS.
A missão é um lembrete de que, embora o lançamento de humanos ao espaço seja extremamente difícil e perigoso, especialmente em uma nova nave que nunca transportou pessoas antes, a segurança continua sendo o valor central da NASA. Com a Starliner, a Boeing busca não apenas superar seus desafios anteriores, mas também contribuir significativamente para o futuro da exploração espacial humana.
Com informações: Washington Post
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